Economia

Alta da massa salarial sustentará venda de veículos

Entidade prevê maior demanda de consumidor e investimento em novas frotas


	Fila de carros em concessionária: para 2013, a Fenabrave projeta crescimento de 3% nas vendas de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos)
 (Marcelo Camargo/ABr)

Fila de carros em concessionária: para 2013, a Fenabrave projeta crescimento de 3% nas vendas de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos) (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 16h30.

São Paulo - O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, avaliou que a previsão de alta de 3% nas vendas do setor para 2013 é sustentada pelo aumento estimado de 6% na massa salarial e, ainda, no crescimento nas vendas do atacado, ou seja, para empresas e frotistas.

Estimativa da Fenabrave aponta que os emplacamentos este ano devem chegar a 3,74 milhões de automóveis e comerciais leves este ano. A ideia é que o aumento da renda pode impulsionar a demanda dos consumidores e, ao mesmo tempo, a recuperação da atividade estimulará investimento em novas frotas. "Se a economia crescer 3% em 2013, como estimamos, alguma demanda tem de indústria e serviços para os veículos no atacado", completou Tereza Martinez, consultora da MB Associados.

Na avaliação de Meneghetti, o primeiro trimestre ainda será difícil nas vendas de veículos, por conta da antecipação das vendas em dezembro, quando o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) ainda estava reduzido, bem como pela redução natural de demanda. "É um período de férias, carnaval, gastos escolares e com impostos. Mas haverá uma retomada até o final do ano com o crescimento da atividade econômica", explicou.

De acordo com o presidente da Fenabrave, o ano começa, no entanto, com estoques baixos, de 15 a 25 dias nas lojas, ante cerca de 40 dias no início de 2012. Já a produção no primeiro trimestre deve ter o impacto das férias coletivas das montadoras adiadas de dezembro de 2012 para fevereiro deste ano.

O único entrave ainda é a inadimplência, que no setor automotivo está em 5,9%. "A média aceitável é de 3%, ou seja, o índice ainda limita o financiamento de veículos", disse Meneghetti.

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