Economia

Alta da inadimplência é arrocho do crédito, diz CNDL

Ainda que o ritmo de aumento tenha sido menor do que os registrados em meses anteriores, o avanço continua preocupante

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 13h45.

Brasília - A alta de 2,33% na inadimplência em fevereiro em comparação a igual mês de 2014 é preocupante na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, ainda que o ritmo de aumento tenha sido menor do que os registrados em meses anteriores.

"A inadimplência perdeu fôlego, mas isso não significa melhorias e sim o arrocho do crédito. O crédito é para o varejo o que o sangue é para o corpo humano. Sem ele fica difícil operar", afirmou.

Para Pinheiro, o cenário político tem se agravado nos meses iniciais do ano e isso gerou mais dúvidas aos consumidores. "Nós também perdemos um programa muito importante para o setor varejista que era o Programa Minha Casa Melhor", completou.

Pelas estimativas da CNDL, com a suspensão do programa, o setor varejista deixará de arrecadar R$ 1,4 bilhão este ano. O programa, que é uma linha de crédito especial para que os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida possam adquirir móveis, eletrodomésticos e eletrônicos a taxas de juros subsidiadas, foi suspenso pelo governo no mês passado.

Segundo ele, o setor não está tão otimista com o varejo de alimentos como antes, mesmo com a aproximação da Páscoa. Pinheiro lembrou que os consumidores estão mais cautelosos em relação às compras.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, considerou que a menor base de crédito na economia brasileira deve se refletir em dados menos voláteis para a inadimplência nos próximos meses. Na comparação com janeiro deste ano, o indicador de fevereiro ficou praticamente estável, com ligeira queda de 0,14%.

Acompanhe tudo sobre:ComércioCréditoCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoInadimplência

Mais de Economia

Chinesa GWM diz a Lula que fábrica em SP vai produzir de 30 mil a 45 mil carros por ano

Consumo na América Latina crescerá em 2025, mas será mais seletivo, diz Ipsos

Fed busca ajustes 'graduais' nas futuras decisões sobre juros