Economia

Alta da gasolina não afeta política monetária, diz fonte

Segundo fonte da política monetária, intensidade do aumento já fazia parte das expectativas de inflação e não muda a política monetária


	Frentista olha um carro sendo abastecido em um posto de gasolina da Petrobras no Rio de Janeiro
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Frentista olha um carro sendo abastecido em um posto de gasolina da Petrobras no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 20h12.

São Paulo - A intensidade do aumento de preços da gasolina e do diesel anunciado nesta sexta-feira pela Petrobras já fazia parte das expectativas de inflação e não muda a política monetária, afirmou à Reuters uma importante fonte da equipe econômica nesta sexta-feira.

"Já estava na conta", afirmou a fonte, que falou sob condição de anonimato, acrescentando que nem mesmo as expectativas de inflação no mercado e de especialistas devem mudar com os reajustes aplicados.

A estatal petroleira anunciou aumento de 4 por cento nos preços da gasolina e de 8 por cento no diesel nas refinarias. Segundo especialistas, o consumidor deve sentir uma alta de cerca de 3 por cento da gasolina na bomba.

O Banco Central prevê aumento de 5 por cento nos preços finais da gasolina neste ano, segundo a última ata do Comitê de Política Monetária (Copom).

A fonte avalia que o reajuste da Petrobras, ao não afetar as expectativas de inflação, não muda o rumo da política monetária.

Desde abril, o BC elevou a taxa básica de juro Selic de 7,25 para 10 por cento ao ano para conter a inflação, que ronda os 6 por cento em 12 meses.

A Petrobras também divulgou uma nova política de preços de combustíveis, sem sinalizar claramente como ela funciona.

Numa avaliação preliminar, a fonte da equipe econômica disse que o fato de a empresa ter anunciado que foi aprovada uma nova política de preços foi uma decisão "equilibrada". Isso porque, de um lado, evitou a indexação dos preços dos combustíveis e, de outro, pode gerar alguma previsibilidade no gerenciamento dos preços para a estatal.

"O importante é ter equilíbrio de médio a longo prazos, e não volatilidade constante (nos preços dos combustíveis)", afirmou a fonte.

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