Pessoas passam pela rua principal do varejo em Frankfurt, Alemanha, na quarta-feira, 19 de agosto de 2020. (Alex Kraus/Bloomberg)
Ligia Tuon
Publicado em 19 de agosto de 2020 às 17h30.
Última atualização em 19 de agosto de 2020 às 18h01.
Assunto que ganha força em meio aos impactos sociais e econômicos da crise do coronavírus, a renda básica universal começa a ser testada na Alemanha nesta terça-feira, 19.
Conduzido pelo Instituto Alemão de Pesquisa Econômica, o estudo recebeu por doações privadas e vai pagar 1.200 euros (cerca de 7.800 reais) a 120 pessoas todos os meses, por três anos. O valor é um pouco maior que a linha de pobreza no país.
Depois desse período, a ideia dos pesquisadores é comparar os resultados obtidos nesse grupo com outro, com pessoas que não receberam os pagamentos.
Defendida há séculos por economistas, a renda básica universal é um modelo de distribuição de renda, com pagamentos a cidadãos, geralmente uma vez por mês, independentemente de sua renda ou situação de emprego.
Um experimento parecido foi feito na Finlândia, primeiro país a testar um projeto de renda mínima em nível nacional, entre 2017 e 2018. Apesar de os resultados dos estudos não mostrarem um aumento de empregos, que é uma das possíveis consequências positivas que programas do tipo podem trazer, segundo especialistas, revelou que as pessoas se mostraram mais felizes ao longo do tempo.
No Brasil, a cidade fluminense de Maricá foi a que mais se aproximou da renda básica universal.
O município de pouco mais de 150.000 habitantes colocou de pé uma rede de ajuda a seus cidadãos durante a pandemia, que incluir a ampliação do programa local de renda, que oferece 300 reais mensais a moradores da região.