Economia

Alemanha teme nova crise financeira

"Não seremos capazes de evitar a próxima crise como a de 2008 se uma quantia cada vez maior de dinheiro for bombeada para a economia", disse Wolfgang Schaeuble


	O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble:  Schaeuble disse que planejava dizer a seus colegas dos EUA que os EUA devem imitar a Europa
 (AFP/ Odd Andersen)

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble:  Schaeuble disse que planejava dizer a seus colegas dos EUA que os EUA devem imitar a Europa (AFP/ Odd Andersen)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 19h11.

Frankfurt - O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, alertou nesta quarta-feira que pode haver uma nova crise financeira global se as principais economias do mundo continuarem a injetar liquidez na economia.

"Não seremos capazes de evitar a próxima crise como a de 2008 se uma quantia cada vez maior de dinheiro for bombeada para a economia", disse Schaeuble, citado pela Dow Jones Newswires, se referindo, aparentemente ao Japão e aos Estados Unidos.

Em uma reunião de seu partido União Democrata-Cristã, Schaeuble disse que planejava dizer a seus colegas dos EUA, em um encontro de ministros das Finanças do G20 de países desenvolvidos e industrializados esta semana em Moscou, que os EUA devem imitar a Europa.

"Vou dizer a eles: se pelo menos vocês seguissem o exemplo da zona do euro", disse o ministro. "O crescimento sustentável só pode ser atingido com base em uma política fiscal sustentável".

A valorização do euro, o estado do sistema monetário global e uma controvérsia sobre a "guerra fiscal" devem dominar o encontro do G20 em Moscou na sexta-feira e no sábado.

Essa questão foi reacendida pelo Japão e está começando a causar preocupações em alguns lugares da Europa, particularmente na França.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaEuropaPaíses ricosUnião Europeia

Mais de Economia

Escala 6x1: favorito para presidência da Câmara defende 'ouvir os dois lados'

Alckmin diz que fim da jornada de trabalho 6x1 não é discutida no governo, mas é tendência mundial

Dia dos Solteiros ultrapassa R$ 1 trilhão em vendas na China

No BNDES, mais captação de recursos de China e Europa — e menos insegurança quanto à volta de Trump