Economia

Alemanha necessitará de 266 mil imigrantes anuais nos próximos 40 anos

Espera-se que até 2060 cheguem ao país 114 mil pessoas da UE e seria preciso, além disso, somar a chegada de mais 152 mil de fora da UE a cada ano

Abertura aos refugiados: Alemanha tem recorde de imigrantes como parcela da população do país (Ina Fassbende/Reuters)

Abertura aos refugiados: Alemanha tem recorde de imigrantes como parcela da população do país (Ina Fassbende/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 09h53.

Berlim- A Alemanha necessitará de 266 mil novos imigrantes por ano nos próximos 40 anos para compensar o envelhecimento da população e cobrir as necessidades de mão de obra, revela um estudo apresentado nesta terça-feira pela Fundação Bertelsmann.

Segundo o relatório, espera-se que até 2060 cheguem à Alemanha 114 mil pessoas de outros países da UE e seria preciso, além disso, somar a chegada de outros 152 mil imigrantes de terceiros países a cada ano.

Os autores do estudo, Johann Fuchs e Alexander Kubis do Instituto para Estudos sobre o Mercado de Trabalho, e Lutz Schneider, da Universidade de Coburg, assumem que a taxa de natalidade na Alemanha aumentará, assim como o número de pessoas que trabalharão depois de 60 anos.

No entanto, inclusive considerando esses fatores, um aumento da idade de aposentadoria aos 70 anos e a presença das mulheres no mercado de trabalho, as necessidades de mão de obra não poderão ser cobertas sem imigrantes.

"A imigração é uma das chaves do êxito futuro. A Alemanha precisa de trabalhadores qualificados também provenientes de regiões de fora da Europa", disse Jörg Dräger, membro da Fundação Bertelsmann.

A informatização, segundo o estudo, não reduzirá as necessidades de mão de obra mas, ao contrário, aumentará a demanda de trabalhadores altamente qualificados.

A longo prazo, haverá uma redução da escassez de pessoal com formação universitária, mas se agravará a de trabalhadores com formação técnica intermédia.

A imigração europeia não conseguirá cobrir as necessidades alemãs, sobretudo se levarmos em conta que os países vizinhos também serão afetados pela mudança demográfica.

Além disso, os estímulos para que trabalhadores de outros países europeus se mudem para a Alemanha diminuirão à medida que avança a convergência econômica dentro da União Europeia.

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