Economia

Alemanha, França, Itália e Espanha buscam acordo sobre crise

Países querem recuperar a confiança na zona do euro antes da cúpula da União Europeia na próxima semana

Para o premiê italiano Mario Monti, este é um momento decisivo para um acordo entre os países (Andreas Solaro/AFP)

Para o premiê italiano Mario Monti, este é um momento decisivo para um acordo entre os países (Andreas Solaro/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 08h33.

Roma - Os líderes de Alemanha, França, Itália e Espanha tentarão nesta sexta-feira em Roma encontrar um acordo para recuperar a confiança na zona do euro antes da cúpula da União Europeia na próxima semana, que o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, disse ser um momento decisivo.

Custos de empréstimos perigosamente altos para Espanha e Itália recuaram um pouco devido às expectativas no mercado de iniciativas políticas na cúpula em Bruxelas em 28 e 29 de junho. Se a reunião não tiver sucesso, os dois países podem ficar ainda mais perto de precisarem de resgates soberanos.

Sem um resultado satisfatório, "haveria ataques especulativos progressivamente maiores a países específicos, com tormentos aos países mais fracos", disse Monti, em entrevista reproduzida em vários jornais europeus antes da reunião desta sexta-feira.

"Uma grande parte da Europa teria que continuar a tolerar taxas de juros bastante altas, o que impactaria nos Estados e indiretamente nas empresas. Isso é exatamente o oposto do que é necessário para crescimento econômico", completou Monti.

A reunião de sexta-feira tem o objetivo de buscar caminhos para alcançar uma união fiscal e bancária e, de maneira mais urgente, pode ser quando a Espanha pedirá formalmente até 100 bilhões de euros para ajudar os bancos do país.

Uma auditoria divulgada na quinta-feira mostrou que os bancos espanhóis precisariam de até 62 bilhões de euros em capital extra para enfrentar as circunstâncias adversas.

A expectativa é de que a chanceler alemã Angela Merkel resista a qualquer pressão de Monti e líderes de França e Espanha para políticas fiscais menos rigorosas na zona do euro ou para a emissão de títulos comuns.

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