Economia

Alemanha e França batem previsões e impulsionam zona do euro

Economia da zona do euro cresceu 0,3 por cento nos três meses até dezembro ante o trimestre anterior


	Euro: pela primeira vez em quase três anos todas as seis maiores economias da zona do euro registraram crescimento trimestral
 (Getty Images)

Euro: pela primeira vez em quase três anos todas as seis maiores economias da zona do euro registraram crescimento trimestral (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 10h35.

Bruxelas - Um crescimento ligeiramente melhor que o esperado na Alemanha e na França fortaleceram um pouco a recuperação da zona do euro no quarto trimestre e oferece potencial para um 2014 mais robusto, embora com riscos.

Dados publicados nesta sexta-feira mostraram que a economia da zona do euro cresceu 0,3 por cento nos três meses até dezembro ante o trimestre anterior. Isso superou ligeiramente as expectativas do mercado de uma expansão de 0,2 por cento.

A economia de 9,5 trilhões de euros já tinha saído no segundo trimestre de sua mais longa recessão desde a adoção da moeda única, mas um desemprego em níveis recordes, riscos econômicos externos, austeridade fiscal e uma inflação baixa contiveram a recuperação.

A agência de estatísticas da UE publicará um detalhamento dos números no dia 5 de março, mas analistas disseram que o crescimento no quarto trimestre foi impulsionado principalmente por exportações e investimentos.

Um sinal positivo foi que pela primeira vez em quase três anos todas as seis maiores economias da zona do euro registraram crescimento trimestral.

A Alemanha, a maior economia da Europa, viu seu crescimento acelerar para 0,4 por cento no trimestre graças a um aumento em exportações e investimentos de capital fixo, ante 0,3 por cento nos três meses anteriores.

A economia francesa cresceu 0,3 por cento e a agência de estatísticas INSEE revisou para cima o número do terceiro trimestre para estabilidade ante recuo de 0,1 por cento.

Isso significa que a França cresceu 0,3 por cento durante o ano anterior, mais que a estimativa do governo de 0,1 por cento.

Analistas estão mesmo assim cautelosos.


"Ainda está muito longe de suave para a zona do euro em 2014, pois permanecem uma série de importantes limitações ao crescimento", disse Howard ARcher, economista-chefe para a Europa da IHS.

Martin van Vliet, analista do ING, disse que uma recuperação sustentada "ainda não está assegurada".

A agência alemã de estatísticas viu "sinais mistos" da economia doméstica, com gastos públicos estáveis e o consumo privado ligeiramente abaixo do nível do trimestre anterior.

O ministro alemão da Economia disse na quarta-feira que espera um crescimento de 1,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 --mais de quatro vezes maior que em 2013 como um todo.

O governo francês espera que o crescimento acelere este ano para ao menos 0,9 por cento, impulsionado por uma recuperação dos investimentos corporativos.

Os detalhes dos números do quarto trimestre mostram que o crescimento foi impulsionado pela primeira alta no investimento corporativo em dois anos. O investimento público foi ainda mais forte e os gastos das famílias também se recuperaram.

O ministro das Finanças, Pierre Moscovici, descreveu apesar disso que a força da economia é "insatisfatória" e disse que um crescimento mais rápido é necessário para criar mais empregos com a taxa de desemprego em quase 11 por cento.

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