Economia

Alcolumbre não dá certezas sobre projeto de capitalização da Eletrobras

Segundo ele, as bancadas do Norte e do Nordeste — quase 50 senadores — se opõem ao formato proposto, e cabe ao governo construir uma alternativa

Alcolumbre: "Se o governo não construir uma modelagem nova, não vai passar no Senado" (Roque de Sá/Agência Senado)

Alcolumbre: "Se o governo não construir uma modelagem nova, não vai passar no Senado" (Roque de Sá/Agência Senado)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2019 às 11h15.

Última atualização em 20 de dezembro de 2019 às 11h20.

Brasílio — O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta sexta-feira (20), que a capitalização da Eletrobras, da forma como está, não avança na Casa.

Segundo ele, as bancadas do Norte e do Nordeste — quase 50 senadores — se opõem ao formato proposto, e cabe ao governo construir uma alternativa.

"Se o governo não construir uma modelagem nova, não vai passar no Senado", disse, em café da manhã com jornalistas na Residência Oficial da Presidência do Senado.

Caso Flávio Bolsonaro

Questionado sobre o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), que foi alvo de operação do Ministério Público do Rio na quarta, por suposta participação em um esquema de rachadinhas no seu gabinete quando era deputado estadual, Alcolumbre declarou que o filho do presidente é "muito bem intencionado" e não deve ser enquadrado no Conselho de Ética da Casa, porque os atos investigados são de mandato anterior ao de senador.

"O Flávio é uma pessoa muito bem intencionada. Eu acompanho o mandato do Flávio, mesmo que distante. Mas eu vejo que ele tenta fazer, como senador da República, um meio de campo em relação aos senadores e ao próprio governo. Ele se empenha pessoalmente para resolver algumas questões, solucionar impasses. Então ele se envolve muito", comentou, em café da manhã com jornalistas na residência oficial do Senado.

"Ele tem o meu respeito, ele é uma pessoa do bem. Eu gosto do Flávio, a conversa com o Flávio é muito boa", acrescentou o senador.

Na opinião de Alcolumbre, trata-se de uma "questão jurídica", que não tem nada a ver com o Senado.

"Ele está no exercício do mandato de senador da República, é filho do presidente da República, mas esses episódios aconteceram nas denúncias da Assembleia quando ele era deputado estadual. Ele vai ter de cumprir o mandato dele como senador e juridicamente responder, como todo mundo faz", disse.

Questionado se Flávio pode ser alvo de processo no Conselho de Ética do Senado em decorrência das investigações, Alcolumbre apontou que o colegiado tem como regra que que fatos que tenham ocorrido fora do mandato levar ao pronto arquivamento ou rejeição do requerimento.

(com Reuters e O Globo)

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