Economia

Alcoa pagará US$ 384 milhões por subornos no Barein

A Comissão do Bolsa de Valores (SEC) acusou a Alcoa, uma fabricante transnacional de alumínio, de violação da Lei Contra Práticas Corruptas no Exterior


	Alcoa: a empresa aceitou  acordo que resolve acusações da SEC e um caso penal paralelo, através do pagamento de US$ 175 milhões em "desembolso de lucros ilícitos"  (Sean Gallup/Getty Images)

Alcoa: a empresa aceitou  acordo que resolve acusações da SEC e um caso penal paralelo, através do pagamento de US$ 175 milhões em "desembolso de lucros ilícitos"  (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 15h12.

Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira que a empresa Alcoa, que pagou US$ 110 milhões em subornos para obter contratos no Barein, pagará às autoridades americanas US$ 384 milhões em multas e em outras despesas.

A Comissão do Bolsa de Valores (SEC) acusou a Alcoa, uma fabricante transnacional de alumínio, de violação da Lei Contra Práticas Corruptas no Exterior porque suas subsidiárias "várias vezes subornaram funcionários do governo do Barein para manter uma fonte-chave de negócios".

A Alcoa aceitou um acordo que resolve as acusações da SEC e um caso penal paralelo anunciado pelo Departamento de Justiça, através do pagamento de US$ 175 milhões em "desembolso de lucros ilícitos" e US$ 209 milhões em multas.

Segundo um comunicado da SEC, sua investigação provou que foram feitos "pagamentos fraudulentos" aos funcionários do Barein com influência sobre as negociações do contrato entre a Alcoa e "uma importante fábrica de alumínio operada pelo governo".

"As subsidiárias da Alcoa usaram um consultor, com sede em Londres e com conexões com a família real do Barein, como intermediário para negociar com os funcionários governamentais e canalizar os pagamentos ilícitos", acrescentou.

Segundo a SEC, faltaram à empresa "os controles internos suficientes para prevenir e detectar os subornos que foram registrados, de forma inadequada, nos livros de contabilidade como comissões legítimas ou vendas a um distribuidor".

"Como beneficiado de um esquema de suborno realizado por longo tempo por uma subsidiária, a Alcoa é responsável", disse George Canellos, co-diretor da SEC. 

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