Alckmin: vice-presidente também atua como ministro da Indústria, Comércio e Serviços (Diogo Zacarias/ Palácio do Planalto/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 3 de outubro de 2023 às 13h54.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, traçou nesta terça-feira, 3, um cenário otimista sobre a economia brasileira e a inserção do País no mundo ao participar da abertura do 15º Congresso da Micro, Pequena e Média Indústria na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
Ele começou afirmando que o Brasil tem indicadores de crescimento do PIB, inflação em queda, juros altos, mas em trajetória de redução e uma taxa de desemprego também ainda alta, mas caindo.Fique por dentro das últimas notícias no WhatsApp da Exame. Inscreva-se aqui 👉 https://t.ly/6ORRo
"Nós temos indicadores de crescimento do PIB acima de 3%, queda na taxa de desemprego, inflação sob controle, juros ainda alto mas também caindo, o câmbio competitivo porque câmbio de R$ 5 ajuda, a reforma tributária já aprovada na Câmara e o novo arcabouço fiscal já votado. Acho que estamos em um bom caminho embora o cenário internacional não seja de grande crescimento", disse o vice-presidente.
De acordo com ele, ainda que o cenário internacional não vá tão bem, o Brasil hoje é o segundo país do mundo em receber investimentos externo direto.
"Do quinto passamos a ser o segundo. Só perdemos para os Estados Unidos e temos oportunidade enorme de receber mais investimentos", pontuou o também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Como já disse em várias outras ocasiões, Alckmin voltou a afirmar que a questão que se coloca é "onde é que eu fabrico bem e barato? Hoje é onde eu fabrico bem, barato e compenso as emissões de carbono". E neste aspecto, insistiu Alckmin perante uma plateia de empresários associados à Fiesp, o Brasil tem a grande oportunidade para montar uma nova indústria inovadora e verde, com sustentabilidade.
O vice-presidente também reafirmou que o Programa Brasil Mais Produtivo vai ser ampliado. Ele fez questão de dizer para uma plateia de empresários da indústria e diante do presidente da casa, Josué Gomes da Silva, que o programa foi sido inspirado no Programa Digital da Fiesp.
De acordo com o vice-presidente, a economia poderá dar um salto de qualidade por meio do Programa Brasil Mais Produtivo, que "terá a expertise e a excelência do Sebrae e recursos da Finep e do BNDES. "A meta é chegarmos a perto de 90 mil empresas que receberão consultoria customizada, empresa por empresa. E precisando de equipamentos, as empresas terão financiamento de até 4% do BNDES e Finep; Acho que podemos dar um salto importante através do Brasil Mais Produtivo com recursos expressivos e o trabalho focado em empresa por empresa no sentido de que ela possa ter maior produtividade e possa crescer ainda mais", disse.
Sobre a sustentabilidade, o vice-presidente disse acreditar que o Brasil terá inúmeras oportunidades. Ele lembrou que o presidente Lula já aumentou o biodiesel.
"Vamos ter 15% do diesel com óleo vegetal. Isso vai ajudar até os alimentos porque quando se esmaga soja, a cada quatro parcelas uma é líquida, é óleo. Então vai baratear o preço da soja, despolui e o Brasil, protagonista na área da sustentabilidade", acrescentou Alckmin.
O mesmo caminho seguirá a gasolina, que de atuais 27,5% de etanol na sua composição, irá a 30%. "Então bio será 15% do diesel, etanol 30% da gasolina e isso vai gerar emprego e oportunidade em todo País".
O vice-presidente também citou como vantagem para o Brasil o Combustível Sustentável de Aviação (SAF), que substituirá o querosene queimado hoje pelos aviões.
"Trocar pelo quê? Ou serão os Estados Unidos ou o Brasil que vão poder apresentar o SAF e substituir o combustível fóssil por um combustível através de biodiesel ou etanol", afirmou Alckmin emendando que na troca do carbono pelo hidrogênio verde precisará de moita energia. Nesse caso teria que se usar energia renovável, que é onde o Brasil também leva vantagem sobre os demais países do mundo.
"Para romper a molécula de água eu preciso de muita energia. Só se eu usar energia renovável, que é o Brasil. Não tem outro que é energia eólica e solar", citou o vice-presidente, acrescentando que em São Paulo, maior produtor de cana do mundo, se poderá fazer o hidrogênio usando o etanol como energia para quebrar as moléculas da água.