Geraldo Alckmin se reúne nesta quarta-feira com o setor produtivo e empresários para discutir a decisão do presidente dos EUA (Leandro Fonseca/Exame)
Agência de notícias
Publicado em 16 de julho de 2025 às 07h16.
Última atualização em 16 de julho de 2025 às 07h19.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, se reúne nesta quarta-feira, 16, com o setor produtivo e empresários para discutir a decisão do presidente dos Estados Unidos Donald Trump de aplicar tarifa de 50% sobre produtos importados pelos americanos do Brasil.
Após um dia de intensas conversas com representantes da indústria e do agronegócio, o governo federal tenta acelerar as articulações diplomáticas para evitar prejuízos bilionários a exportadores nacionais.
"Vamos continuar amanhã com empresários americanos e brasileiros, organizações do cooperativismo, CNA, CNC e outros setores que querem ser ouvidos. Acho que temos aí os próximos dias muito importantes para a gente reverter um quadro que não tem a menor lógica do ponto de vista econômico e nem comercial. É prejudicial para o Brasil e é prejudicial aos Estados Unidos", afirmou Alckmin.
Ontem, o governo recebeu representantes de setores como carne bovina, frutas, suco de laranja e café — todos afetados diretamente pelo anuncia da medida, que deve entrar em vigor em 1º de agosto.
As entidades relataram insegurança nos embarques já contratados, risco de colapso logístico e impacto imediato sobre o emprego e a renda no campo.
Embora o governo não tenha descartado totalmente a busca por mais prazo, Alckmin informou que a ideia é não pedir mais tempo para o início da taxação. O governo busca uma solução definitiva e o mais rápido possível.
"Houve uma colocação aqui de que o Brasil é exíguo, mas a ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido, mas procurar resolver até o dia 31. O governo vai trabalhar para resolver e avançar nos próximos dias", disse o vice-presidente.