Pacote fiscal e novos investimentos são apontados como caminhos para redução do câmbio (Rodrigo Caetano/Exame)
Agência de notícias
Publicado em 3 de dezembro de 2024 às 16h10.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira, 3, que uma rápida aprovação pelo Congresso Nacional do pacote fiscal enviado pelo governo federal pode ajudar a acomodar o dólar e a reduzir o câmbio. Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,13%, a R$ 6,0685, renovando a máxima histórica pelo quarto dia consecutivo. Já nesta terça-feira, a moeda americana abriu o dia perto da estabilidade, cedendo 0,15%, aos R$ 6,05, às 10h15.
O mercado ainda segue digerindo as medidas de ajuste fiscal divulgadas pela equipe econômica do governo federal na semana passada.
"Em relação ao componente interno, eu acho que vai ficar claro, se o Congresso der uma resposta rápida neste mês de dezembro aprovando as medidas para cumprir o arcabouço de déficit primário zero, aprovando as medidas que o governo encaminhou, que reduzem despesas no curto, médio e longo prazo", afirmou Alckmin, acrescentando:
"Então, não só zera o déficit agora, mas já prevê uma redução de despesas também nos próximos anos. Eu acho que, à medida em que isso ficar claro, nós devemos ter uma acomodação do dólar e o câmbio mais baixo."
Alckmin fez as declarações após o governo federal anunciar novos investimentos para as cadeias agroindustriais sustentáveis. Para os anos de 2025 e 2026, serão alocados R$ 52,18 bilhões.
Além disso, o governo já investiu em 2023 e 2024 o montante de R$ 198,1 bilhões. O Banco do Brasil também passará a compor o Plano Mais Produção (P+P) com R$ 101 bilhões, elevando os investimentos do banco na Nova Indústria Brasil (NIB) para R$ 507 bilhões em linhas de crédito.
Além dos investimentos públicos, há a previsão de investimentos privados de R$ 296,3 bilhões até 2029. Esses recursos devem contribuir para o fortalecimento das cadeias produtivas e o crescimento sustentável das agroindústrias brasileiras.