Economia

Alckmin assina projeto de lei para reduzir multa e juros do ICMS

Projeto de lei que será enviado à Assembleia Legislativa reduz multa e juros para devedores de ICMS

Geraldo Alckmin: projeto é "primeiro passo de um grande programa de conformidade fiscal" (Marcelo Camargo/ABr/Reprodução)

Geraldo Alckmin: projeto é "primeiro passo de um grande programa de conformidade fiscal" (Marcelo Camargo/ABr/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 13h21.

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou nesta terça-feira, 21, um projeto de Lei que vai ser enviado à Assembleia Legislativa do Estado para reduzir as penalidades de multa e juros para devedores no caso de infrações à legislação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

De acordo com o governo, o objetivo é facilitar a regularização das obrigações tributárias de empresas com débitos e permitir que elas possam continuar suas atividades.

O secretário da Fazenda do Estado, Hélcio Tokeshi, e o procurador-geral do Estado, Elival da Silva Ramos, afirmaram que a nova lei é o começo de uma "ampla agenda" do governo Alckmin para simplificar o pagamento de impostos.

O projeto de lei muda o teto da multa por não recolhimento do ICMS, que hoje pode chegar a 300% e com as novas regras passa a ser de 100% do imposto do devido.

A multa material ainda pode ser reduzida a 35% do valor do ICMS devido caso haja a confissão da infração, diz o projeto.

A confissão da dívida é uma manifestação formal do contribuinte que se coloca à disposição do Estado para regularizar os débitos.

De acordo com Alckmin, o projeto agora enviado é "o primeiro passo de um grande programa de conformidade fiscal".

"Essa nova regra, a nova conformidade fiscal, fica para o futuro e volta para os débitos do passado, beneficiando 10 mil empresas", destacou o governo durante o discurso de assinatura do projeto.

A ampla agenda tributária de Alckmin, conforme os integrantes do governo, vai passar ainda por mais revisões de legislação e mudanças estruturais dentro da Secretaria da Fazenda.

"Vamos ter no final de alguns meses, e não de anos, uma realidade completamente diferente para o bom contribuinte e bom pagador", disse Tokeshi, destacando que a legislação atual é extremamente complexa.

O secretário não apontou, no entanto, quais serão as novas revisões na lei para cumprir a promessa. O procurador-geral Ramos complementou dizendo que a expectativa do governo é reduzir os números de processos questionando débitos e ter maior arrecadação nos cofres.

Para as multas acessórias, que não implicam inadimplência do ICMS, mas falta de alguma obrigação, o projeto de lei estabelece como teto 1% do valor total anual das operações do contribuinte.

O governo do Estado espera que a medida beneficie "mais de 10 mil contribuintes" que hoje discutem os débitos no âmbito administrativo. Esses débitos somam R$ 110 bilhões.

O secretário Tokeshi disse que não é possível apontar qual seria a expectativa revisão da arrecadação com a redução das multas e juros.

Acompanhe tudo sobre:Estado de São PauloGeraldo AlckminICMS

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs