Economia

AGU emite parecer favorável a acordo de recuperação fiscal do Rio

O parecer sustenta que as diferenças entre os regimes previdenciários da União e do estado não constituem impedimento legal para a homologação do acordo

Rio de Janeiro: o governo do Rio formalizou o pedido de recuperação fiscal junto ao Ministério da Fazenda no dia 31 de julho (Sergio Moraes/Reuters)

Rio de Janeiro: o governo do Rio formalizou o pedido de recuperação fiscal junto ao Ministério da Fazenda no dia 31 de julho (Sergio Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 09h07.

A advogada-geral da União, Grace Mendonça, aprovou ontem (31) um parecer favorável ao acordo de recuperação fiscal entre a União e o estado do Rio de Janeiro.

O parecer sustenta que as diferenças entre os regimes previdenciários da União e do Rio de Janeiro, relativas às pensões por morte de servidores da área de segurança pública, não constituem impedimento legal para a homologação do acordo.

De acordo com o parecer, a legislação em vigor permite que os estados tenham regras próprias de previdência em questões específicas. O texto cita ainda que os graves problemas da área de Segurança Pública no Rio, com notórios dados alarmantes quanto à mortalidade de agentes de segurança pública, justificam a criação de regras específicas sobre a concessão de pensão por morte, especialmente quando esta ocorre no exercício da função.

A AGU também alega que a despesa gerada por esse item específico tem impacto orçamentário praticamente irrelevante, representando apenas 0,075% do valor global das medidas de ajustes necessárias para o equilíbrio financeiro do estado do Rio.

O parecer favorável emitido pela AGU era o último entrave burocrático à homologação do plano recuperação fiscal do Rio. Também ontem, durante evento na capital fluminense, o presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, disse que o acordo será assinado até a próxima quarta-feira (6).

O governo do Rio formalizou o pedido de recuperação fiscal junto ao Ministério da Fazenda no dia 31 de julho. Após a homologação do acordo, a dívida do Rio com a União ficará suspensa por três anos, prorrogável por mais três. Durante esse período, o estado poderá contrair novos empréstimos.

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