Economia

AGU derruba liminar que suspendia licenciamento de usina

O projeto havia sido interrompido como forma de defender os interesses de comunidades indígenas instaladas no Mato Grosso


	Papelada: o órgão destaca ainda que o processo de licenciamento da usina seguiu os ritos previstos
 (Stock Exchange)

Papelada: o órgão destaca ainda que o processo de licenciamento da usina seguiu os ritos previstos (Stock Exchange)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 12h42.

São Paulo - A Advocacia-Geral da União (AGU) derrubou a liminar que suspendia o licenciamento da Usina Hidrelétrica de São Manoel, em Mato Grosso, caso o processo não ocorresse de forma concomitante à realização de uma consulta a povos indígenas potencialmente impactados pela obra. A consulta deveria ocorrer em um prazo de 90 dias.

A obra, uma usina de 700 MW de potência em construção no rio Teles Pires, entre o Mato Grosso e o Pará, já havia recebido licença de instalação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e, no final de agosto, teve autorização para início de construção.

O projeto, contudo, foi interrompido por decisão da 1ª Vara da Seção Judiciária do Mato Grosso, como forma de defender os interesses de comunidades indígenas instaladas na região.

Nesta terça-feira, 07, a AGU anunciou a derrubada da liminar, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). "Os advogados públicos confirmaram que a decisão de primeira instância poderia causar atrasos nas obras e interferir no equilíbrio econômico do setor já que a usina contribuirá para o atendimento da demanda de energia elétrica nos Estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas", informou a AGU.

A usina passa nesse momento pela fase de construção das chamadas ensecadeiras, estruturas que desviam uma parte do rio para que as máquinas possam trabalhar em área seca.

"Por isso, caso a sentença de primeiro grau fosse mantida, inviabilizaria o empreendimento para este ano, devido o aumento da vazão do rio Teles Pires, acarretando um atraso de cerca de um ano para esta atividade", complementou a AGU.

O órgão do governo federal destaca ainda que o processo de licenciamento da usina seguiu os ritos previstos, incluindo a apresentação e espaço para que a comunidade indígena potencialmente impactada pela obra tivesse conhecimento e oportunidade para se manifestar.

Acompanhe tudo sobre:Energia elétricaJustiçaMato GrossoHidrelétricas

Mais de Economia

Alckmin celebra corte de tarifas dos EUA, mas cobra fim da sobretaxa

Haddad cobra votação de projeto que pune devedor contumaz na Câmara

PIB cresce em todos os estados em 2023; Acre, MS e MT lideram avanço

Número dos que procuram emprego há 2 anos cai 17,8% em 2025, diz IBGE