Economia

Agronegócio tem superávit de US$ 7,5 bi em setembro, alta de 5% ante 2019

A ministra Tereza Cristina defende que o Brasil busque novos mercados e diversifique suas vendas externas de soja, hoje muito concentradas na China

 (Cristiano Mariz/Exame)

(Cristiano Mariz/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de outubro de 2020 às 20h33.

Última atualização em 9 de outubro de 2020 às 21h13.

O agronegócio exportou em setembro 8,56 bilhões de dólares, 4,8% mais que em igual mês de 2019, segundo dados fechados pelo Ministério da Agricultura. Já as importações pouco variaram na comparação anual, totalizando 1,05 bilhão de dólares (+0,3%). Assim, o superávit do setor no mês passado foi de 7,506 bilhões de dólares, aumento de 5,4% ante setembro de 2020. "O setor que teve maior incremento das exportações em valores absolutos foi o complexo sucroalcooleiro. As vendas externas desse setor subiram cerca de 540 milhões de dólares (ou +89,8%)", disse a pasta em nota.

Os maiores importadores brasileiros de açúcar foram China (159,90 milhões; ou +230,3%), Índia (73,76 milhões; +474,0%) e Bangladesh (72,02 milhões de dólares; +207,4%). O Ministério lembra que a menor produção de açúcar na Índia e na Tailândia nesta safra de 2020 permitiu o aumento das exportações brasileiras. Ainda no setor sucroalcooleiro, as exportações de álcool também subiram, passando de 112,19 milhões para 124,38 milhões de dólares (+10,9%).

O principal setor exportador do agronegócio segue sendo o complexo soja. Os embarques do setor para o mercado externo cresceram 3,5% no mês, atingindo 2,22 bilhões de dólares.

Tereza Cristina

O Brasil tem de buscar novos mercados e diversificar suas vendas externas de soja, hoje muito concentradas na China, defendeu nesta sexta-feira a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante entrevista transmitida online.

"No caso da soja, hoje a gente exporta 80% para a China. Nós precisamos diversificar mais isso, então nós estamos conversando com muitos países", afirmou.

"A soja brasileira é muito boa, porque ela tem mais óleo que a soja produzida em países temperados, então ela é mais produtiva, rende mais. Temos aí grandes oportunidades", acrescentou a ministra, sem dar mais detalhes.

Os comentários vieram enquanto a ministra destacava esforços para abrir novos mercados para os produtos agrícolas do Brasil em geral.

"Estamos abrindo novos mercados, em países que nunca tínhamos exportado e também produtos que a gente nunca tinha exportado", disse.

Ela falou em entrevista ao Blog do Magno, transmitida ao vivo pelas redes sociais.

 

 

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