Economia

Agricultores fazem protesto contra governo da Argentina

"É uma rejeição dos produtores à política do governo e que fez com que hoje todas as atividades produtivas da Argentina estejam agonizando", diz SRA

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2015 às 17h33.

Buenos Aires - Três das quatro maiores entidades rurais argentinas interromperam as vendas de produtos agropecuários nesta quarta-feira, uma greve que durará três dias como forma de protesto contra as políticas do governo da presidente do país, Cristina Kirchner.

A manifestação, que se estenderá até a próxima sexta-feira, foi convocada pela Sociedade Rural Argentina (SRA), as Confederações Rurais Argentinas (CRA) e a Confederação Intercooperativa Agropecuária Cooperativa Limitada (Coninagro).

"É uma rejeição dos produtores à política do governo e que fez com que hoje todas as atividades produtivas da Argentina estejam agonizando", disse o presidente da SRA, Luis Miguel Etchevehere, em declarações à rádio local "Millenium", garantindo que a greve é "contundente" em todo o país.

As três entidades integram, junto à Federação Agrária Argentina, a chamada "Mesa de Enlace", formada no início de 2008, quando os produtores e empresários rurais se uniram contra a administração de Cristina após a polêmica cobrança de impostos sobre as exportações.

A interrupção das vendas de produtos iniciadas hoje é a primeira desde 2008 que não realizada em conjunto pelas quatro entidades que formam a "Mesa de Enlace".

O chefe de Gabinete da Argentina, Aníbal Fernández, afirmou que o movimento não é "uma greve do campo, mas sim um locaute patronal de quem tem o controle de determinados níveis de produção, fundamentalmente a soja".

Já Cristina criticou a SRA, afirmando que a entidade "nunca se preocupou com o setor produtivo". Porém, disse que a Federação Agrária e a Coninagro "começar a processar o que representa a preocupação dos segmentos do campo".

Desde o início de seu primeiro mandato, Cristina mantém um embate com as patronais rurais, conflito que atingiu o ápice em 2008, quando foram realizadas várias greves de comercialização, gerando perdas milionárias para o país, um dos maiores produtores e exportadores mundiais de grãos. 

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaAmérica LatinaArgentinaCristina KirchnerGrevesPolíticosVendas

Mais de Economia

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados