Economia

África do Sul entra em recessão pela 1ª vez desde 2009

O governo informou que a economia contraiu 0,7% no 2º trimestre, fazendo com que a moeda caísse em 2%

Ramaphosa: a produção agrícola caiu 29,2% no segundo trimestre, enquanto transportes, comunicação e armazenamento contraíram 4,9% (Lintao Zhang/Reuters)

Ramaphosa: a produção agrícola caiu 29,2% no segundo trimestre, enquanto transportes, comunicação e armazenamento contraíram 4,9% (Lintao Zhang/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de setembro de 2018 às 13h55.

Pretoria -  A África do Sul entrou em recessão no segundo trimestre pela primeira vez desde 2009, em um golpe para os esforços do presidente Cyril Ramaphosa de reanimar a economia após uma década de estagnação.

A agência de estatísticas da África do Sul informou que a economia contraiu 0,7 por cento no segundo trimestre, diante de declínios nos setores de agricultura, transportes e varejo.

O rand ampliou as perdas contra o dólar para mais de 2 por cento e os títulos do governo caíram após a divulgação dos dados. Analistas esperavam que a economia cresceria 0,6 por cento no período.

"Estamos em recessão. Divulgamos contração no primeiro trimestre...e agora no segundo trimestre com queda de 0,7 por cento", disse o estatístico-geral da África do Sul Risenga Maluleke.

A agência informou que a produção agrícola caiu 29,2 por cento no segundo trimestre, enquanto transportes, comunicação e armazenamento contraíram 4,9 por cento. Por outro lado, o setor de mineração cresceu 4,9 por cento e o financeiro teve expansão de 1,9 por cento.

Além disso, a agência disse que a contração econômica no primeiro trimestre foi mais profunda do que o registrado inicialmente, a 2,6 por cento.

Analistas disseram que os dados devem fazer com que seja mais difícil para que o banco central da África do Sul eleve a taxa de juros em suas próximas reuniões.

"O cenário de crescimento no primeiro semestre de 2018 é feio e mostra nessa economia que existe fraqueza generalizada nos setores primário e terciário", disse o economista sênior do BNP Paribas Jeffrey Schultz.

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