Saguão do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo: a Infraero vai expandir a ala do check-in. (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
São Paulo - A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) vai expandir a ala de check-in do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. A ampliação do mais controverso terminal do País faz parte do amplo pacote de obras lançado pela estatal para tentar aplacar a crescente demanda do setor aéreo e atender com padrões mínimos de conforto os milhões de turistas que vão cruzar o Brasil durante a Copa de 2014.
Em fevereiro de 2012, quando a Infraero planeja entregar a nova ala, a capacidade do aeroporto vai saltar dos atuais 14,5 milhões de passageiros por ano para 17,5 milhões (20,6%), o que o consolidará como o segundo terminal aéreo do País, atrás apenas de Cumbica, em Guarulhos.
No centro do projeto, a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso na íntegra, estão 14 dos 16 aeroportos das 12 cidades-sede do mundial. Quase metade das 50 folhas de apresentação do plano é dedicada aos aeroportos de São Paulo.
O presidente da estatal, Murilo Barboza, reconhece a importância da Copa, mas defende que a reforma dos aeroportos tenha como meta suprir o aumento da demanda do setor. "Se esse objetivo for alcançado, o evento Copa estará bem atendido." O planejamento foi elaborado com base no diagnóstico feito pela consultoria McKinsey, cujo resultado será divulgado hoje.
Saturação
Se nada for feito para reverter o quadro atual, 15 dos 16 aeroportos das cidades-sede da Copa correm o risco de estar saturados em 2014. A maioria já tem limitações ou gargalos operacionais em pátios, pistas e/ou terminais de passageiros. O único que está (e continuará) livre de problemas é o Galeão, no Rio de Janeiro. O diagnóstico foi feito com base no estudo da consultoria McKinsey, contratada pelo BNDES para elaborar uma radiografia do setor.
A Copa deve trazer de 3% a 4% mais passageiros para os aeroportos do País, segundo a McKinsey. Isso sem contar o crescimento natural de um dos setores mais aquecidos da economia que nos últimos anos registrou expansão de dois dígitos. Num cenário "pessimista", de crescimento econômico de 5% ao ano e manutenção do valor das passagens, a consultoria prevê que o mercado avance 36% até 2014. No quadro "otimista", com Produto Interno Bruto (PIB) de 7% ao ano e queda de 5% das tarifas, o crescimento da aviação nacional deve atingir 57%.
Para conseguir dar conta dessa demanda, a Infraero estima que será necessário aumentar em 41% a capacidade dos 16 aeroportos brasileiros até 2014 - dos atuais 114 milhões de passageiros por ano para 160,7 milhões. Nos próximos quatro anos, o investimento total na rede de aeroportos do País será de R$ 6,4 bilhões, dos quais R$ 3,9 bilhões virão de recursos próprios da Infraero e R$ 2,5 bilhões, de recursos da União. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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