Economia

AEB deve elevar previsão para saldo de exportações do Brasil em 2018

Associação deverá aumentar projeção para cerca de 55 bilhões. No ano passado, saldo da balança comercial brasileira ficou em 67 bilhões de dólares

Exportações: nos últimos anos, pauta exportadora brasileira foi mais beneficiada pela alta nos preços de commodities do que por medidas estruturais de fomento (Matt Cardy/Getty Images)

Exportações: nos últimos anos, pauta exportadora brasileira foi mais beneficiada pela alta nos preços de commodities do que por medidas estruturais de fomento (Matt Cardy/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 5 de junho de 2018 às 20h36.

Rio de Janeiro - A Associação de Comércio Exterior do Brasil (ARB) deverá aumentar sua projeção para o saldo da balança comercial brasileira em 2018 para cerca de 55 bilhões de dólares ante a última projeção feita em dezembro do ano passado, de cerca de 50 bilhões, disse nesta terça-feira o presidente da entidade, José Augusto de Castro.

No ano passado, o saldo da balança comercial brasileira ficou em 67 bilhões de dólares, segundo dados oficiais.

Segundo ele, a revisão deve ser divulgada em julho apoiada na valorização do dólar e em preços melhores de commodities relevantes na pauta exportadora brasileira, como soja e minério de ferro, por exemplo.

Além de preços melhores no exterior, Castro afirmou que a valorização do dólar encarece as importações, que devem perder força ao longo do segundo semestre.

"Você tem dois movimentos para uma projeção 10 por cento maior; por um lado os principais produtos da pauta exportadora brasileira estão bem valorizados e por outro você tem um câmbio menos favorável à importação. No balanço, talvez seja uma saldo maior mais por conta da redução das importações do que pelo aumento das exportações", disse o presidente da AEB.

"É um movimento quase virtual visto que o Brasil ainda tem um custo muito elevado e ocupa um espaço muito pequeno no comércio exterior global", acrescentou.

Castro afirmou que nos últimos anos, a pauta exportadora brasileira foi mais beneficiada pela alta nos preços de commodities do que por medidas estruturais de fomento das vendas externas.

"Em 2018, temos a mesma participação na exportação mundial do que tínhamos em 2000...precisamos melhorar custos para melhorar a performance porque somos ainda competitivos por conta dos preços globais e, se eles caírem deixamos de ser competitivos", avaliou.

 

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