Economia

Administração pública representava 0,4% das organizações

Dados do IBGE mostram que a administração pública representava 0,4% do total dos 5,2 milhões de empresas e outras organizações formais ativas em 2012


	IBGE: administração pública absorvia 17,2% do contingente de pessoal ocupado
 (Divulgação/IBGE)

IBGE: administração pública absorvia 17,2% do contingente de pessoal ocupado (Divulgação/IBGE)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 10h49.

Rio de Janeiro - Os dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgados hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a administração pública representava “somente” 0,4% do total dos 5,2 milhões de empresas e outras organizações formais ativas em 2012, quando ocorreu a última pesquisa.

No entanto, segundo o IBGE, absorvia 17,2% do contingente de 53,4% relativo ao total do pessoal ocupado, 19,9% do pessoal ocupado assalariado, além de pagar 29,8% dos salários e outras remunerações.

As entidades empresariais representavam 89,9% das organizações, 76,3% do total do pessoal ocupado, 73,4% do pessoal ocupado assalariado e 63,9% dos salários e outras remunerações em 2012.

As entidades sem fins lucrativos, com 9,7% das organizações, foram responsáveis por 6,5% do pessoal ocupado total, 6,7% do pessoal ocupado assalariado e 6,3% dos salários pagos no ano.

O levantamento do IBGE indica que o salário médio mensal pago pelos 46,2 milhões de empresas com pessoal ocupado assalariado, em 2012, foi R$ 1.943,16 - considerando todas as atividades econômicas.

Os maiores salários foram pagos pelo setor de eletricidade e gás (R$ 5.968,28), seguido por atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 4.587,73) e indústrias extrativas (R$ 3.899,12), que representam valores 207,1%, 136,1% e 100,7%, respectivamente, acima da média do total de empresas.

Os menores salários foram pagos por alojamento e alimentação (R$ 947,87), atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.170,11) e comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.258,96), números que se situam 51,2%, 39,8% e 35,2% abaixo da média, respectivamente.

Outra constatação da pesquisa é que, quando analisada por porte das empresas e outras organizações, é possível constatar que 87,9% tinham até nove pessoas ocupadas, 10,3% tinham de dez a 49 pessoas, 1,4 % tinham de 50 a 249 pessoas e 0,4% tinham 250 pessoas ou mais.

Segundo o Cempre, há predomínio das empresas e organizações de menor porte na estrutura empresarial brasileira, mas foram as empresas e outras organizações com 250 pessoas ou mais que apresentaram as maiores participações nas variáveis analisadas: pessoal ocupado total (46,6%), pessoal ocupado assalariado (53,7%) e salários e outras remunerações (69,1%).

Essas empresas pagam os salários médios mensais mais elevados, o equivalente a R$ 2.527,11, valor 29,9% acima do salário médio de R$ 1.010,88 pago pelas empresas e outras organizações com apenas nove empregados – o que estabelece, em termos salariais, que “os valores pagos apresentam relação direta com o porte da empresa”.

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