Economia

ACSP projeta em 2014 desempenho econômico similar a 2013

"As políticas do Banco Central no ano que vem terão que tentar estabilizar uma possível volatilidade excessiva do câmbio", disse economista da ACSP


	Varejo: a expectativa de economista da ACSP para o varejo é positiva, com expansão de 3% para este ano e entre 3% e 3,5% para 2014
 (REUTERS/ Nacho Doce)

Varejo: a expectativa de economista da ACSP para o varejo é positiva, com expansão de 3% para este ano e entre 3% e 3,5% para 2014 (REUTERS/ Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 14h29.

São Paulo - O ano que vem deve ter um cenário econômico similar ao de 2013, mas com crescimento um pouco mais lento do crédito, do emprego e da renda.

"A grande incógnita fica relacionada ao câmbio e seus impactos", afirmou Marcel Domingos Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) nesta terça-feira, 17, durante apresentação de balanço da associação para 2013.

Para Solimeo, apesar de o mercado já ter precificado o impacto do câmbio internamente no início do ano que vem, a expectativa de mudança na política externa dos Estados Unidos deve refletir em uma maior volatilidade, principalmente no primeiro trimestre de 2014. "O mercado se antecipa ao boato, mas também reage ao fato", explicou.

"As políticas do Banco Central no ano que vem terão que tentar estabilizar uma possível volatilidade excessiva do câmbio", reforçou.

Segundo o economista, a economia deve fechar 2013 com um crescimento entre 2,3% e 2,5% ante o ano passado. "Salvo algum imprevisto em 2014 o PIB também deve ficar nessa faixa", afirmou. Já a expectativa para o varejo é um pouco mais positiva, com expansão de 3% para este ano e entre 3% e 3,5% para 2014.

Inadimplência

No balanço da primeira quinzena de dezembro, o Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) da ACSP registrou uma queda de 5,9% em relação a igual período de 2012. Já no acumulado do ano há um pequeno avanço de 0,4%, que é a expectativa da ACSP para o fechamento de 2013.

Apesar dessa ligeira alta na inadimplência, acredita que as informações do balanço sinalizam um cenário de queda. "No acumulado do ano o Indicador de Recuperação de Crédito (IRC) cresceu 1,9%, acima do IRI no período, o que resultará na queda da inadimplência", afirmou Rogério Amato, presidente da ACSP.

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