No auge da cheia, o Rio Acre chegou a 17,64 metros (m), o que representa mais de 2 m acima da cota de transbordamento (Divulgação/Governo do Acre)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2012 às 20h16.
Brasília - A enchente que afetou mais de 140 mil pessoas no Acre causou prejuízo de R$ 22 milhões na agricultura, estima a chefe da Casa Civil do estado, Márcia Regina Pereira. Na área urbana, os estragos ainda estão sendo calculados.
“Ainda não temos condição de ver toda a extensão do prejuízo. Neste segundo momento, vamos poder ter uma estimativa”, disse em entrevista à Rádio Nacional. “Em Brasileia, por exemplo, havia mais de 1 metro de lama após a descida da água das ruas”, completou.
Na região de Santa Rosa, 17 aldeias indígenas foram alagadas. “Ficaram totalmente submersas, perderam todas as ocas e toda a cultura, como de mandioca e banana”, disse. Para garantir a alimentação dessas pessoas, o governo está fornecendo cestas básicas.
As escolas também foram afetadas pela enchente. O ano letivo ainda não começou no estado. Mais de 70 escolas foram atingidas. “A Secretaria Estadual de Educação estima, pelo menos, mais dez dias para fazer a limpeza total e a desinfecção dos prédios”, informou Márcia Regina.
Aos poucos, o nível do Rio Acre começa a baixar. No auge da cheia, chegou a 17,64 metros (m), o que representa mais de 2 m acima da cota de transbordamento. Ontem (1º), segundo a Defesa Civil do estado, o nível medido foi 15 m.
A previsão do tempo ainda é chuva para o estado. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, o céu deverá ficar encoberto com pancadas de chuvas hoje.