Economia

Acordo com UE é prioridade da agenda do Mercosul, diz Dilma

Dilma também destacou que o Brasil está trabalhando pela renovação do Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul


	Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, conversa com Dilma: o Mercosul quer que seja definida, para o mais breve possível, a data de apresentação simultânea das propostas comerciais do bloco e da UE
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, conversa com Dilma: o Mercosul quer que seja definida, para o mais breve possível, a data de apresentação simultânea das propostas comerciais do bloco e da UE (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 14h50.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Mercosul deve propor à União Europeia um calendário de negociações para concluir neste ano o acordo de comércio bilateral entre os blocos econômicos. A declaração foi feita ao lado do presidente Uruguai, Tabaré Vázquez, em cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, 21.

"Vamos continuar aperfeiçoando o Mercosul e diversificando parcerias comerciais", afirmou. "Fazer o acordo entre o Mercosul e a União Europeia este ano é prioridade da agenda externa do bloco. Vamos propor à União Europeia que definamos para o mais breve possível a data de apresentação simultânea das nossas propostas comerciais."

A presidente ressaltou que o Mercosul segue como mecanismo comercial importante para a América do Sul por ser "um ambicioso processo de integração" regional e classificou o bloco de "patrimônio comum" que precisa se adaptar às circunstâncias.

"Não podemos nos acomodar, precisamos melhorar, avançar, cada vez mais. Um passo importante consiste na elaboração de programas que contribuam para a diminuição de assimetrias entre os sócios", disse.

Dilma destacou que o Brasil está trabalhando pela renovação do Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem), que foi criado em dezembro de 2004.

O fundo tem como objetivo aprofundar o processo de integração regional no Cone Sul, por meio da redução de assimetrias e do incentivo à competitividade na região. O Brasil é o país do Mercosul que fez o maior aporte ao fundo.

Uruguai

Na cerimônia, Dilma disse também que o Brasil pretende estabelecer um "intercâmbio permanente de eletricidade" com o Uruguai, após uma série de empreendimentos realizados no setor pelos dois países.

"Todas essas iniciativas (no setor elétrico) fazem parte de um propósito. Esse propósito é estabelecer processo de intercâmbio permanente de eletricidade entre os dois países", disse.

A parceria já havia sido detalhada em fevereiro pelo presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, que disse que importar energia do Uruguai será algo vantajoso para o Brasil, o que se refletirá no preço da tarifa praticado internamente.

O comentário foi feito pouco antes de o ex-presidente José Mujica e Dilma inaugurarem o parque eólico de Artilleros, o primeiro empreendimento da Eletrobras a gerar energia no exterior.

Segundo a Eletrobras, a energia produzida pelo parque se destinará ao sistema elétrico do Uruguai, mas a capacidade instalada naquele país vai permitir que a geração de excedentes de energia seja intercambiada com o sistema elétrico brasileiro.

O investimento do projeto é de US$ 103 milhões, dos quais US$ 23,5 milhões foram bancados pela Eletrobras - o restante foi pago pela estatal uruguaia UTE e pela Corporación Andina de Fomento.

Acompanhe tudo sobre:ComércioDilma RousseffEuropaMercosulPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresUnião Europeia

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE