Economia

Acordo automotivo com México prevê adoção de livre comércio

A adoção é prevista para 2019


	Armando Monteiro: "esperamos nos próximos quatro anos criar condições para haver uma relação mais equilibrada", disse
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Armando Monteiro: "esperamos nos próximos quatro anos criar condições para haver uma relação mais equilibrada", disse (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 14h27.

Rio - O novo acordo automotivo entre Brasil e México prevê a adoção automática do livre comércio de veículos entre os dois países a partir de 2019.

A previsão não traz ressalvas, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. "Não saiu do radar. Continua no horizonte do acordo (o livre comércio)", disse.

"Esperamos nos próximos quatro anos criar condições para haver uma relação mais equilibrada e que estimule o Brasil a ter uma posição de maior exposição", disse Monteiro após a assinatura do acordo, no Rio de Janeiro.

Entre os desequilíbrios, Monteiro mencionou questões tributárias e a característica de integração da produção mexicana com os Estados Unidos, país vizinho ao México e que tem prioridade na nova política de comércio exterior brasileira.

A renovação do acordo trouxe uma outra novidade, que é a divisão da cota entre o lado exportador e o importador.

Pelo documento, 70% do valor da cota poderão ser distribuídos às empresas pelo México e 30% seriam definidos pelas importadoras brasileiras.

Para o ministro Monteiro, esse elemento novo também é importante para dar equilíbrio ao mercado e ajuste das compras aos interesses do mercado doméstico.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, explico que a indústria automobilística deverá utilizar um critério que mistura participação de mercado das montadoras e um outro critério linear, englobando todas as empresas associadas à Anfavea.

Moan comentou a mudança da associação, que até pouco tempo defendia a adoção do livre comércio. "Infelizmente perdemos competitividade e precisamos desse período para recuperá-la. Diante desse aspecto, apoiamos o governo brasileiro fortemente na prorrogação desse acordo, mesmo que no critério de cotas", disse Moan.

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