Economia

Tarifa de energia terá alta adicional de 11%, diz instituto

Empréstimos do Tesouro e bancos privados de quase R$ 28,4 bilhões às distribuidoras serão repassados para a população em três anos, diz Acende Brasil


	Energia: especialista aponta que crise é resultado condições climáticas adversas e descontratação de diversas empresas
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Energia: especialista aponta que crise é resultado condições climáticas adversas e descontratação de diversas empresas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 14h12.

São Paulo - O presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, afirmou nesta terça-feira, 05, durante o Fórum Estadão sobre infraestrutura, que os empréstimos feitos às distribuidoras de energia elétrica este ano devem significar um aumento adicional de 11% nas tarifas em 2015, fora o reajuste anual normal.

Ele explica que as distribuidoras receberam R$ 10,6 bilhões do Tesouro e mais R$ 17,7 bilhões de um pool de bancos privados, totalizando quase R$ 28,4 bilhões.

Em uma conta rápida, Sales explicou que cada R$ 1 bilhão equivale a um aumento de 1% nas tarifas, mas como o reajuste será repassado aos consumidores ao longo de quase três anos, o de 2015 deve ficar perto dos 11% citados.

O especialista aponta que a crise no setor é resultado de fatores como as condições climáticas adversas, a descontratação de diversas empresas e condições estabelecidas na MP 579, de 2012.

Nesse cenário, a pressão sobre as distribuidoras, que tiveram de comprar energia mais cara no mercado à vista, superou muitas vezes a capacidade de geração de caixa dessas companhias.

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