Economia

Ação monetária expansionista afeta crescimento, diz Dilma

Presidente disse que o Brasil repudia esse "protecionismo cambial" e reafirmou que o governo tomará todas as medidas para enfrentar os efeitos nocivos dessas políticas

Dilma tem criticado os EUA e países europeus por um "tsunami monetário" que causou fluxo de liquidez para o Brasil (Chip Somodevilla/Getty Images)

Dilma tem criticado os EUA e países europeus por um "tsunami monetário" que causou fluxo de liquidez para o Brasil (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2012 às 21h06.

Washington - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira que se os países que estão fazendo apertos fiscais não investirem, políticas monetárias expansionistas serão nocivas a países que são motores do crescimento.

"(Se) eles não investirem, as políticas monetárias expansionistas serão políticas bastante nocivas para aqueles países que são hoje motor do crescimento econômico internacional", disse Dilma durante encerramento de fórum com executivos norte-americanos e brasileiros.

Dilma está em Washington, onde reuniu-se mais cedo com o presidente Barack Obama, e fez críticas à política monetária dos EUA, que teria consequências em países em desenvolvimento, como o Brasil.

A presidente tem criticado os EUA e países europeus por um "tsunami monetário" que causou fluxo de liquidez para o Brasil, valorizando o real e diminuindo a competitividade das exportações do país.

A presidente disse que o Brasil repudia esse "protecionismo cambial" e reafirmou que o governo tomará todas as medidas necessárias para enfrentar os efeitos nocivos dessas políticas de afrouxamento monetário adotadas pelos países desenvolvidos.

"Nós temos confiança de que sairemos da atual crise internacional mais forte e potencialmente mais pujantes", disse.

Dilma afirmou ainda que a relação comercial com os EUA precisa ser mais equilibrada. Atualmente, é desfavorável ao Brasil, cuja pauta exportadora ao país norte-americano é dominada por commodities.

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