Economia

Acabar com impasse dos EUA é importante para o mundo

Vice do Banco do Japão fez alertas sobre potenciais repercussões de um fracasso para tentar solucionar o impasse do teto da dívida

Policial americano monta guarda em frente ao Lincoln Memorial,  Washington DC, fechado com a paralisação do governo (Mark Wilson/Getty Images)

Policial americano monta guarda em frente ao Lincoln Memorial, Washington DC, fechado com a paralisação do governo (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 23h57.

Matsue, Japão - Um dos vice-presidentes do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) fez alertas nesta quarta-feira sobre potenciais repercussões de um fracasso para tentar solucionar o impasse do teto da dívida dos Estados Unidos. De acordo com Hiroshi Nakaso, vice-presidente do BoJ, caso o impasse não seja resolvido, podem haver "efeitos adversos significativos" sobre a economia global.

Se o governo dos EUA e o Congresso não conseguem resolver o impasse da dívida, causando um default dos títulos do governo, "poderemos ter efeitos negativos significativos sobre a economia global, através de um rebaixamento dos títulos do governo dos Estados Unidos e um aumento dos prêmios de transmissão associados aos mercados de outros países", explicou Nakaso em um discurso para líderes empresariais em Matsue, sudoeste do Japão.

Entre os possíveis efeitos, ele destacou um aumento nas taxas de juros de longo prazo, um "mergulho" dos preços das ações e flutuações nas taxas de câmbio.

Os comentários de Nakaso, que é membro do BoJ há anos e considerado braço direito do presidente do BC japonês Haruhiko Kuroda, provavelmente representam a visão predominante entre os membros que compõe o comitê de política monetária do país.

Desde que foi nomeado um dos dois vice-presidentes do banco central, Nakaso mudou a sua postura cautelosa em relação aos efeitos do afrouxamento monetário agressivo e tem apoiado fortemente o programa de flexibilização atual, lançado em abril. O programa tem como objetivo atingir inflação de 2% em dois anos.

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