Economia

Abreu e Lima tem previsão de custo de US$ 18,4 bi, diz Graça

O projeto de partida para a obra era de R$ 13,36 bilhões


	Abreu e Lima: a realização física de Abreu e Lima está hoje em 87%, disse
 (Divulgação/Petrobras)

Abreu e Lima: a realização física de Abreu e Lima está hoje em 87%, disse (Divulgação/Petrobras)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 16h08.

Brasília - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta terça-feira, 27, que a execução da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, está com três anos de atraso. Ela informou ainda que a projeção atual de custo para a refinaria está US$ 18,4 bilhões, sendo que o projeto de partida para a obra era de US$ 13,36 bilhões.

Graça, que participa de audiência nesta manhã na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que apura denúncias de irregularidades na Petrobras, informou ainda que a realização física de Abreu e Lima está hoje em 87%.

Já a realização financeira, de acordo com a executiva, é de 84%.

Ela disse que o projeto inicial de 2005, orçado em US$ 2,4 bilhões, era apenas uma projeção, que não continha outros investimentos que posteriormente foram incluídos no projeto.

"A refinaria que nós começamos a construir foi na fase três, já com valores ajustados. (Éramos) sabedores de que tínhamos que construir muito mais do que a refinaria", justificou.

"Com US$ 2,4 bilhões não seria possível construir essa refinaria, no nível de conversão desejado, em qualquer lugar do mundo", justificou.

Ela pontuou que os aportes em Abreu e Lima comportam obras no "extra-muro", como píer e rodovia.

Até o momento, segundo Graça, foram efetivamente gastos US$ 15,8 bilhões. "Abreu e Lima é extremamente importante. Precisamos dela e o lugar correto é em Pernambuco", finalizou a presidente.

A executiva afirmou ainda que desde 1999 o planejamento estratégico da estatal previa a busca de refinarias no exterior. Ela disse foram feitas aquisições, por exemplo, na Bolívia e na Argentina.

Graça Foster disse também que, após a descoberta da camada do pré-sal, em 2007, a estatal decidiu "desinvestir" em algumas das refinarias e vendeu San Lorenzo.

SBM Offshore

Graça revelou também que a Petrobras começou a interagir pela primeira vez com a holandesa SBM Offshore em 1996. A empresa da Holanda, que aluga navios-plataforma (FPSOs), foi apontada em denúncia como suposta fonte de pagamento de propinas a funcionários da Petrobras para fechar negócios.

A executiva detalhou que a Petrobras hoje possui 96 navios-plataforma em operação, sendo que 43 são afretados - modalidade na qual se insere a SBM e outras duas empresas que alugam navios-plataforma.

De acordo com ela, o processo para firmar essas parcerias é "bastante detalhado". Ela finalizou dizendo que todas as informações envolvendo as denúncias sobre a SBM estão sendo encaminhadas aos órgãos de controle.

Autalizado às 16h07.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasExecutivos brasileirosGraça FosterIndústria do petróleoMulheres executivasPetrobrasPetróleo

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China