Economia

Abramat deve reduzir previsão de crescimento para até 3,5%

Setor de materiais de construção deverá crescer menos após os dados do primeiro trimestre ficarem abaixo das expectativas


	Construção: estimativa atual da Abramat para o setor de materiais de construção é alta de 4,5 por cento até o final do ano
 (Rodrigo Arangua/AFP)

Construção: estimativa atual da Abramat para o setor de materiais de construção é alta de 4,5 por cento até o final do ano (Rodrigo Arangua/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 18h42.

São Paulo - A Abramat deve reduzir sua projeção de crescimento do faturamento do setor de materiais de construção em 2014 para algo entre 2,5 e 3,5 por cento, após os dados do primeiro trimestre ficarem abaixo das expectativas, afirmou nesta terça-feira o presidente da associação que representa o segmento, Walter Cover.

A estimativa atual da Abramat é alta de 4,5 por cento até o final do ano. Mas entre janeiro e março, o faturamento do sector subiu 0,9 por cento em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

Segundo o executivo, após os resultados de abril a Abramat vai definir sua nova meta de crescimento para este ano. A associação costuma divulgar os dados mensais perto do dia 20.

"O setor de infraestrutura foi o que trouxe até agora a maior frustração", afirmou Cover, em entrevista no chat do Trading Brazil da Thomson Reuters.

Ele citou problemas já conhecidos como licenças ambientais e projetos mal feitos, bem como a desaceleração de política de governo voltadas para o segmento, entre elas o programa Minha Casa Minha Vida.

Mas o varejo também mostrou um desempenho abaixo do que a Abramat esperava, influenciado, conforme Cover, pela percepção das famílias em relação à inflação, além dos fatores renda, emprego e crédito, que desaceleraram.

"Existe a percepção de que a inflação vai aumentar", disse.

O presidente da Abramat disse que só espera uma melhoria do cenário após a Copa do Mundo no Brasil, em junho, "na medida em que alguns indicadores, como a inflação, melhorem a percepção dos empresários e das famílias".

Em relação à Copa, o executivo afirmou que havia muita expectativa com relação às obras no entorno dos estádios, o que, segundo ele, não será cumprido. Mas Cover não se mostrou tão pessimista.

"No período dos jogos teremos uma perda até cinco dias úteis de vendas. Mas precisamos considerar que metade das famílias não está envolvida com a Copa. Outras famílias estão acelerando reformas nestes últimos meses para que sejam concluídas antes do início da Copa. Ou seja, o efeito Copa não será tão negativo quanto o que é divulgado", disse.

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