Economia

ABPA: não sobretaxar aço chinês é bom para disputa sobre frango

Em nota, o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, disse que prevaleceu o bom senso na decisão da Camex

Aço: produção em 2016 foi quase 10% menor do que a registrada no ano anterior (Kim Kyung-hoon / Reuters/Reuters)

Aço: produção em 2016 foi quase 10% menor do que a registrada no ano anterior (Kim Kyung-hoon / Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 15h34.

São Paulo - A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirma que a decisão da Câmara de Comércio de Exterior (Camex) de não sobretaxar o aço chinês deve influenciar positivamente as negociações entre brasileiros e chineses nas investigações do país asiático contra as exportações de carne de frango do Brasil.

Em nota, o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, disse que prevaleceu o bom senso na decisão da Camex.

"Conforme fontes nossas na Ásia, a possibilidade desta sobretaxa foi determinante para o início da infundada investigação contra o setor exportador de aves. O Brasil deve ser uma nação aberta ao comércio internacional, e não adotar medidas restritivas", disse.

Iniciada em agosto de 2017, a investigação contra os exportadores de carne de frango partiu de acusação apresentada por produtores de aves chineses. A investigação incluiu também empresas que não exportam para a China.

Em 2017, a China foi responsável pelas importações de 9,2% do total de carne de frango embarcadas pelo Brasil, e de 7,1% das exportações de carne suína.

O país foi destino de 391 mil toneladas de aves e de 48,9 mil toneladas de carne suína que, juntas, geraram US$ 861 milhões em divisas para a balança comercial brasileira.

Mais cedo, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço (MDIC) divulgou nota afirmando que foi definida nesta quinta-feira, 18, a aplicação do direito antidumping definitivo, por um prazo de até cinco anos, sobre as importações brasileiras de laminados a quente, originárias de empresas investigadas, e a suspensão da medida, em razão de interesse público. Na prática, segundo o MDIC, as importações do produto não serão objeto de pagamento de direito antidumping. "A Camex esclarece que a suspensão do direito é uma medida de exceção, definida após análise de seu impacto na economia nacional. Em análise futura, com base no monitoramento de importações, poderá ocorrer a reversão da suspensão", diz o governo na nota.

 

Acompanhe tudo sobre:acoCarnes e derivadosChinaComércio exterior

Mais de Economia

Moody's rebaixa nota dos EUA, que deixa de ser 'AAA', por causa do aumento da dívida pública

Lula se reúne com ministros no Alvorada para tratar sobre INSS e CPMI

Zanin vota para permitir mais 2 anos de novas adesões a acordo por perdas de planos econômicos

Desemprego sobe em 12 estados do Brasil no primeiro trimestre do ano