Economia

Abates de bovinos e frangos recuam no Brasil no 2º trimestre

Produção teve queda de 0,2 por cento na comparação com o mesmo período de 2013


	Frangos e suínos: déficit hídrico em muitas regiões produtoras prejudicou as pastagens
 (Marcos Issa/Bloomberg/Bloomberg)

Frangos e suínos: déficit hídrico em muitas regiões produtoras prejudicou as pastagens (Marcos Issa/Bloomberg/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 11h30.

São Paulo - O Brasil, maior exportador global de carne bovina, abateu 8,517 milhões de cabeças de bovinos no segundo trimestre de 2014, leve queda de 0,2 por cento na comparação com o mesmo período de 2013, apesar de crescentes exportações, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O dado do IBGE detecta abates com algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

A ligeira queda na comparação anual aconteceu em meio a preços médios mais altos da arroba bovina de janeiro a junho de 2014, segundo o indicador ESALQ/BM&FBovespa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) --no período foram verificados valores recordes nominais.

"De acordo com o Cepea, o motivo dos aumentos (de preços) foi a oferta restrita tanto de animais para reposição como para abate, resultado, entre outros fatores, do clima quente e seco do fim de 2013 ao início de 2014. O déficit hídrico em muitas regiões produtoras prejudicou as pastagens e, consequentemente, a engorda dos animais", disse o IBGE em nota.

Na comparação com o primeiro trimestre, houve aumento de 1,8 por cento nos abates de bovinos entre abril e junho.

A produção de carne no segundo trimestre somou 2,006 milhões de toneladas de carcaças bovinas, 0,1 por cento menor que o volume do segundo trimestre de 2013 e alta de 2,8 por cento ante janeiro a março deste ano.

O Brasil prevê exportar volumes recorde de carne bovina em 2014, mas ainda tem no mercado interno o maior consumidor do produto.

No ranking nacional do abate de bovinos, os três Estados da região Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás) ocupam as três primeiras posições, respondendo juntos por 37,5 por cento do total.

Mato Grosso continuou mantendo a liderança, mesmo com queda de 9,3 por cento da quantidade de cabeças abatidas nos três meses até junho ante o mesmo período do ano passado.

O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com estimadas 200 milhões de cabeças.

Abate de frangos e suínos

O país, também o maior exportador de carne de frango do mundo, abateu no segundo trimestre 1,379 bilhão de cabeças de frangos, terceira queda trimestral consecutiva após a pesquisa ter apontado desempenho recorde de julho a setembro de 2013.

Esse resultado significou quedas de 2,7 por cento na comparação com o mesmo período de 2013 e de 1,2 por cento em relação ao trimestre imediatamente anterior.

O peso acumulado das carcaças foi de 3,180 milhões de toneladas no segundo trimestre, um aumento de 1,1 por cento frente ao mesmo período de 2013 e uma queda de 0,4 por cento em relação aos primeiros três meses deste ano.

Já a quantidade de suínos abatidos no Brasil no segundo trimestre foi de 9,151 milhões de cabeças, representando aumentos de 0,6 por cento na comparação com o mesmo período de 2013 e de 5,3 por cento sobre o primeiro trimestre de 2014.

O peso das carcaças produzidas no segundo trimestre alcançou 797,7 mil toneladas.

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