Economia

Indústria deve avançar aos poucos, mas depende das eleições

ÀS SETE - Desempenho da indústria em outubro deve ser divulgado hoje e a expectativa do mercado é de uma modesta alta de 0,1% na comparação com setembro

Indústria: apesar de pequeno, o aumento deve ser suficiente para fechar 2017 com o primeiro crescimento do setor desde 2013 (Germano Lüders/Exame)

Indústria: apesar de pequeno, o aumento deve ser suficiente para fechar 2017 com o primeiro crescimento do setor desde 2013 (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 06h13.

Última atualização em 5 de dezembro de 2017 às 07h12.

Após a divulgação do PIB do terceiro trimestre na última semana, nesta terça-feira é dia de conhecer o desempenho que a indústria teve em outubro.

A expectativa do mercado é de uma modesta alta de 0,1% na comparação com setembro. Apesar de pequeno, o aumento deve ser suficiente para elevar a produção industrial no último trimestre do ano e fechar 2017 com o primeiro crescimento do setor desde 2013.

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Os dados da semana passada mostraram uma alta de 0,8% no PIB industrial no terceiro trimestre. A melhora parece continuar.

Dados da Fundação Getúlio Vargas mostram que a confiança da indústria chegou, em novembro, ao maior nível desde janeiro de 2014.

A alta da confiança industrial alcançou 13 dos 19 setores industriais no penúltimo mês de 2017. Os dados são um alento para o fim de um ano volátil e o começo de outro que promete ser ainda mais.

Apesar dos avanços, a utilização da capacidade instalada da indústria continua oscilando ao redor de 77,5%, praticamente em linha com o desastroso desempenho de 2016. Os 82% observados em 2011, longe da crise, continuam distantes.

A ociosidade industrial é um dos fatores que devem contribuir para um bom desempenho da economia em 2018. Ela pode gerar um ciclo virtuoso no curto prazo.

“A ociosidade cavalar permite que o impulso de consumo seja suficiente para puxar a economia (e a confiança), atiçando os banqueiros a aliviar paulatinamente o estresse das empresas, garantindo assim um crescimento mais vistoso, ainda que sujeito às turbulências eleitorais”, escreve Celso Toledo, diretor da consultoria LCA, em sua coluna de EXAME desta segunda-feira.

A grande dúvida, como reconhece Toledo, são as eleições. Economistas e analistas do mercado reconhecem que empresários seguem cautelosos com a corrida de 2018. Enquanto a incerteza continuar em campo, as altas da indústria devem ser modestas.

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