Economia

82,2% dos consumidores acham difícil encontrar emprego

Soma de fatores contribuíram para a piora na percepção das famílias sobre sua situação financeira em maio


	A avaliação ruim sobre a situação financeira foi o principal fator sobre a queda de 0,6% na confiança do consumidor em maio ante abril
 (Agência Brasil)

A avaliação ruim sobre a situação financeira foi o principal fator sobre a queda de 0,6% na confiança do consumidor em maio ante abril (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2015 às 14h37.

Rio de Janeiro - Com a renda em queda desde o início do ano, os trabalhadores têm recorrido à poupança para ficar com as contas em dia, ou têm se endividado ainda mais.

Além disso, 82,2% dos consumidores avaliam que o momento para procurar emprego é difícil - o maior porcentual desde junho de 2007.

Todos esses fatores, juntamente com a inflação elevada e o crédito mais restrito, contribuíram para a piora na percepção das famílias sobre sua situação financeira em maio, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

"Enquanto (a piora da confiança) estava só no aspecto da economia do País, era uma coisa. Agora, a situação está ficando pior no orçamento das famílias, que estão mais endividadas.

Tem gente tirando dinheiro da poupança", afirmou a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem. "Existe uma perda de renda real dos consumidores", acrescentou.

A avaliação ruim sobre a situação financeira foi o principal fator sobre a queda de 0,6% na confiança do consumidor em maio ante abril. As expectativas, por sua vez, subiram 0,3%, resultado considerado estabilidade pela instituição, dado que o nível do indicador ainda é baixo em termos históricos.

Segundo Viviane, a inflação tem prejudicado muito o orçamento doméstico, pois está mais pressionada em itens básicos como tarifas de energia elétrica e combustíveis, cuja redução de consumo é mais difícil. Mas a avaliação de que o mercado de trabalho está fechando portas está pesando bastante.

Em maio, o porcentual de consumidores que afirmou estar difícil encontrar uma vaga ficou em 82,2% - apenas um ano antes, essa fatia era de 50,2%.

"Uma coisa que era uma percepção longínqua (de deterioração no mercado de trabalho) tornou-se real. O consumidor enfrentou um choque de realidade neste início do ano, e quem tinha alguma expectativa (de melhora) começou a ficar pessimista", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:EmpregosEmpresasFGV - Fundação Getúlio Vargas

Mais de Economia

Mesmo com alíquota de IVA reduzida, advogado pode pagar imposto maior após reforma; veja simulações

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad