Economia

74% das empresas brasileiras investiram em 2015, revela CNI

Para 2016, o número de industriais que pretendem investir é ainda menor: 64%, também a menor intenção de investimentos da série


	Indústria: para 2016, o número de industriais que pretendem investir é ainda menor: 64%, também a menor intenção de investimentos da série
 (bugphai/ThinkStock)

Indústria: para 2016, o número de industriais que pretendem investir é ainda menor: 64%, também a menor intenção de investimentos da série (bugphai/ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 11h52.

Brasília - O cenário de atividade econômica em queda e aperto financeiro impactou os investimentos da indústria brasileira.

Pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 18, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, em 2015, apenas 74% das empresas investiram, o menor porcentual desde 2010, quando tem início a série histórica. Em 2014, 81% das indústrias pesquisadas registraram investimentos.

Para 2016, o número de industriais que pretendem investir é ainda menor: 64%, também a menor intenção de investimentos da série.

No início do ano, 76% dos entrevistados indicaram intenção de investir no ano seguinte - o número de quem efetivamente investiu acabou ficando 2 pontos porcentuais abaixo desse patamar.

No ano passado, porém, 58% das empresas não cumpriram os planos de investimento conforme planejado. "A principal razão apontada para a frustração dos planos de investimento foi a incerteza econômica", aponta a entidade.

Dos entrevistados, 92% indicaram a incerteza econômica, 65% assinalaram a demanda e 41% destacaram ainda o custo do crédito entre as razões para o baixo investimento.

A maioria (67%) destinou os aportes à continuação de projetos em andamento. Do total que investiu, 86% adquiriram máquinas e equipamentos. Os aportes foram principalmente para reduzir custos e aumentar competitividade (45%).

Para 2016, 67% das empresas pretendem investir na continuação de projetos em andamento. Das empresas que planejam investir, 92% pretendem adquirir máquinas e equipamentos, o menor porcentual desde 2010. Dessas, 42% planejam comprar menos máquinas e equipamentos do que em 2015.

Com a demanda doméstica em baixa, cresceu a orientação do investimento para atender o mercado externo. Das empresas que pretendem investir, 62% tem o foco no mercado doméstico, ante 68% no ano passado. Passou de 25% para 31% o porcentual com investimentos orientados igualmente para o mercado doméstico e externo e a fatia de empresas com foco apenas no mercado externo se manteve em 7%.

Há expectativa de grande ociosidade neste ano - 90% dos entrevistados acreditam que a capacidade instalada atual está adequada para atender a demanda prevista.

A pesquisa da CNI foi feita com indústrias de grande porte (com mais de 250 empregados), que, de acordo com a entidade, são as responsáveis pela maior parte do investimento nacional.

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