Economia

7 fatos alarmantes sobre a crise na Espanha

Altos índices de desemprego e de famílias vivendo abaixo da linha da pobreza refletem os custos da crise para o povo espanhol

Vitrine quebrada em Barcelona durante protestos

Vitrine quebrada em Barcelona durante protestos

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 15h38.

São Paulo – Diante do desafio de reduzir o déficit público e tirar o país da crise, o governo espanhol anunciou cortes severos e aumento de impostos no início deste mês.

As medidas impõem altos custos aos cidadãos espanhóis, que já enfrentam níveis alarmantes de desemprego e aumento no número de famílias vivendo abaixo da linha da pobreza ou muito próximo dela.

Confira alguns números que ilustram o tamanho do problema: 

1. Cortes

No final de março, o governo anunciou cortes de gastos e aumentos de impostos que devem reforçar os cofres públicos em 27 bilhões de euros em 2012. O objetivo é conseguir reduzir o déficit público para 5,3% do PIB neste ano e 3% em 2013 – no ano passado, o número ficou em 8,5%. O pacote de austeridade é o mais severo em 30 anos, desde a transição do país para o regime democrático.

2. Mais cortes

Nesta semana, um novo corte de 10 bilhões de euros foi anunciado. As medidas devem impactar principalmente os investimentos em educação  e saúde no país.

3. Desemprego

Metade dos jovens espanhóis com menos de 25 anos estão desempregados. O nível de desemprego no país já está em mais de 24%. Ao todo, mais de 4,7 milhões de pessoas estão sem emprego.

4. Pobreza

Um quinto das famílias espanholas já está vivendo abaixo da linha da pobreza (com renda anual inferior a 8 mil euros por pessoa) e quase um terço tem dificuldades para pagar as contas no final do mês, segundo a Caritas Espanha.


5. Privação

Mais de meio milhão de residências espanholas não tinha qualquer tipo de renda em 2011, segundo o mesmo estudo, e mais de 30 mil espanhois estavam vivendo nas ruas.

6. Imóveis desvalorizados

O valor dos imóveis no país já caiu 25% sobre o valor de pico e deve recuar mais 15% entre 2012 e 2013, segundo um analista da Societe Generale.

7. Crescimento negativo

Segundo a agência de classificação de risco Standard & Poor's, a Espanha será o único dos grandes países da União Europeia com crescimento negativo em 2013.

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