São Paulo - Quando você pensa na Alemanha, adversária do Brasil na semifinal de hoje, provavelmente lembra da cerveja ou de como o país superou uma história turbulenta para se tornar a economia mais sólida da Europa. Mas o país tem muitos outros aspectos interessantes, como a discrição de suas campanhas políticas e um forte investimento em energia limpa. Veja a seguir 7 coisas que a Alemanha tem e o Brasil não tem:
Incentivo à inovação, infraestrutura de primeira e educação de qualidade fazem com que a Alemanha apareça sempre perto do topo nos rankings de competitividade mundiais. Na lista da escola IMD com a Fundação Dom Cabral, por exemplo, o país aparece em 6º lugar, enquanto o Brasil amarga a 54ª posição.
Em 1516, foi aprovada na Bavária uma lei determinando que a fabricação de cerveja só poderia ser feita com 3 elementos: água, lúpulo e cevada. A regulação continua valendo (com algumas modificações) e é elemento de orgulho para os produtores do mercado alemão de cerveja, o maior do mundo.
Em 2011, 12% da população alemã havia nascido fora da União Europeia e 9% adicionais vinham de outros países do bloco. Ou seja, um em cada cinco habitantes do país não era de lá originalmente. Já no Brasil, a taxa de estrangeiros na população é bem mais baixa: 0,5%, ou uma em cada 200 pessoas.
Em pouco mais da metade do sistema de rodovias federais da Alemanha, conhecido como Autobahn, não há nenhum limite de velocidade para carros - um caso único no mundo. A questão divide os alemães. Além da segurança, preocupa o fato de que as altas velocidades aumentam a emissão de gases estufa.
6. Um único anúncio de TV por candidatozoom_out_map
6/9(Fabrizio Bensch/Reuters)
Na Alemanha, cada partido faz um único anúncio (discreto) de 90 segundos para ser exibido por toda a campanha, o orçamento de cada lado fica na faixa dos US$ 30 milhões e a publicidade negativa é muito rara. Muito diferente do Brasil, onde campanhas de centenas de milhões de reais criam dezenas de filmes muitas vezes apelativos.
Você não precisa entender nada de filosofia para reconhecer que poucos países do mundo contribuíram tanto como a Alemanha para a evolução do pensamento ocidental. Basta uma lista de nomes: Friedrich Nietzsche, Arthur Schopenhauer, Immanuel Kant, Karl Marx, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Theodor Adorno, Jürgen Habermas e tantos mais.
Até pouquíssimo tempo atrás, a Alemanha era a líder mundial em energia solar. Acabou atropelada pela China, mas sua capacidade instalada continua invejável e chega a produzir metade da demanda de eletricidade do país em determinados picos. O Brasil tem vários projetos no setor, mas ainda não o suficiente para se registrar como destaque.