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5 tendências em energia renovável para ficar de olho

Redução dos custos das baterias é a grande tendência de longo prazo, segundo relatório anual da Bloomberg New Energy Finance

 (NanoStockk/Thinkstock)

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Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 25 de junho de 2018 às 11h07.

Última atualização em 25 de junho de 2018 às 13h14.

São Paulo - A queda nos custos de baterias para armazenamento de energia e seu uso proliferado devem pavimentar o caminho para um futuro de geração mais limpa, segundo relatório anual da Bloomberg New Energy Finance divulgado nesta semana, o New Energy Outlook (NEO).

Para atender às mudanças na demanda e no suprimento, o estudo prevê que o investimento global no aumento da capacidade de baterias chegará a US$ 548 bilhões até 2050.

O relatório mostra ainda que as fontes eólica e solar devem representar 50% da geração mundial até meados do século. Ao mesmo tempo, o poluente carvão deve encolher para apenas 11% da geração global de eletricidade no mesmo período.

Confira a seguir as tendências que prometem sacudir o tabuleiro energético mundial nos próximos anos, segundo o estudo da BNEF.

Baterias

A BNEF prevê que os preços da bateria de íon-lítio, que já caíram cerca de 80% por megawatt-hora desde 2010, continuarão a cair à medida que a produção de veículos elétricos aumente ao longo dos anos 2020.

O estudo estima que US$ 548 bilhões sejam investidos em baterias até 2050, dois terços disso conectados à rede e um terço instalado em residências e empresas.

Geração de baixo carbono

O mix de eólica e solar deverá representar quase 50% da geração de energia mundial até 2050 devido à redução drástica de custos dessas tecnologias e ao advento de baterias mais baratas, o que permitirá que a eletricidade seja armazenada e descarregada conforme a demanda.

Nas próximas três décadas, US$ 11,5 trilhões deverão ser investidos em nova capacidade de geração de energia, com US$ 8,4 trilhões deste total em eólica e solar, e outros US$ 1,5 trilhão em outras tecnologias de carbono zero, como hidrelétrica e nuclear. Esse investimento produzirá um aumento de 17 vezes na capacidade solar fotovoltaica em todo o mundo e um aumento de seis vezes na capacidade de energia eólica.

Indústria do carvão

As perspectivas para a indústria do carvão não são nada animadoras. O estudo estima que a queima de carvão nas usinas cairá 56% entre 2017 e 2050. Para os analistas da BNEF, essa queda oferece uma projeção mais otimista para as emissões de carbono do que o relatório do ano passado. O estudo prevê um aumento das emissões globais do setor elétrico de 2% em 2017 para um pico em 2027 e depois uma diminuição de 38% em 2050.

No entanto, isso ainda significaria que o setor energético global não cumpriria sua parte do esforço de manter os níveis globais de CO₂ abaixo de 450 partes por milhão, considerado suficiente para limitar o aumento da temperatura média global a dois graus centígrados e evitar as piores previsões das mudanças climáticas. 

Gás

Já para o gás, o futuro é mais reconfortante. O papel do gás no mix de geração evoluirá, com aumento na construção e utilização de usinas elétricas para proporcionar suporte para as energias renováveis, em vez de produzir a chamada eletricidade de carga base ou contínua. A BNEF estima que a geração a gás terá um aumento de 15%, entre 2017 e 2050, embora sua participação na eletricidade global caia de 21% para 15%.

Transporte eletrificado

O crescimento do setor de transportes elétricos também influenciará o tabuleiro energético mundial, representando 9% da demanda total até 2050.  Com base em outro estudo da BNEF, o Electric Vehicle Outlook, os veículos elétricos representariam 28% das vendas globais de carros novos até 2030 e 55% até 2040. Os ônibus elétricos devem dominar seu nicho, alcançando 84% de participação global até 2030.

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