Repórter de macroeconomia
Publicado em 2 de setembro de 2025 às 09h50.
Última atualização em 2 de setembro de 2025 às 09h56.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, na comparação com o primeiro trimestre, divulgou o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 2.
O resultado ficou em linha com a expectativa do mercado financeiro, que esperava uma alta entre 0,14% e 0,5%.
Houve desaceleração, pois o PIB havia crescido 1,3% no primeiro trimestre. A Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, divulgou uma nota técnica detalhando o resultado. Veja a seguir cinco pontos em destaque da análise.
Na indústria, houve crescimento de 0,5% na margem, ante estabilidade no trimestre anterior (0,0%). A SPE aponta desaceleração na construção e recuo na produção de eletricidade e gás em função do menor consumo e acionamento de bandeiras tarifárias.
A indústria de transformação ficou estável no período, com a queda na produção de bens de capital e consumo sendo compensada pelo avanço na produção de bens intermediários.
A taxa de investimento recuou de 17,8% no primeiro trimestre de 2025 para 16,8% no segundo, refletindo a queda na formação bruta de capital fixo comparativamente ao avanço do PIB em valores correntes.
O setor agropecuário registrou queda de 0,1% na comparação com o trimestre anterior, ante alta expressiva de 12,3% no primeiro trimestre de 2025.
Segundo a SPE, o ritmo de crescimento refletiu, principalmente, a maior produção de milho, soja, arroz, algodão e café. A pecuária também contribuiu positivamente.
Na comparação interanual, a agricultura cresceu 10,1% em relação ao segundo trimestre de 2024.
No setor de serviços, a atividade avançou 0,6% no segundo trimestre, ante alta de 0,4% no primeiro trimestre.
A SPE aponta que a desaceleração repercutiu o menor ritmo de expansão nas atividades do comércio, informação e comunicação, imobiliárias e utilidades públicas
O consumo das famílias cresceu 0,5%, desacelerando em relação ao trimestre anterior (1,0%). A SPE aponta que a queda está associada ao menor ritmo de expansão interanual da massa de rendimentos e das concessões de crédito. Houve também recuo no consumo do governo, que encolheu 0,6%.