Economia

4ª revolução industrial é tema do Fórum Econômico Mundial

A quarta revolução industrial provocará "grandes perturbações não só no modelo dos negócios, mas também no mercado de trabalho nos próximos cinco anos"


	Davos: a quarta revolução industrial combinará numerosos fatores como a internet dos objetos ou a "big data” para transformar a economia
 (Fabrice Coffrini / AFP)

Davos: a quarta revolução industrial combinará numerosos fatores como a internet dos objetos ou a "big data” para transformar a economia (Fabrice Coffrini / AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 08h51.

A quarta revolução industrial, que implicará a perda de 5 milhões de empregos nos próximos cinco anos nas principais economias mundiais, vai ser o tema principal do Fórum Econômico Mundial, que começa hoje (20) em Davos, Suíça.

Além da perda de 5 milhões de empregos nos próximos cinco anos em todo o mundo, a quarta revolução industrial provocará "grandes perturbações não só no modelo dos negócios, mas também no mercado de trabalho nos próximos cinco anos", indica um estudo da entidade que organiza o Fórum de Davos.

Depois da primeira revolução (com o aparecimento da máquina a vapor, da segunda (eletricidade, cadeia de montagem) e da terceira (eletrônica, robótica), surge a quarta revolução industrial que combinará numerosos fatores como a internet dos objetos ou a "big data” para transformar a economia.

"Sem uma atuação urgente e focada a partir de agora para gerir esta transição a médio prazo e criar uma mão de obra com competências para o futuro, os governos vão enfrentar desemprego crescente constante e desigualdades", alerta o presidente e fundador do Fórum de Davos, Klaus Schwab, citado num comunicado.

Esta 46ª edição do Fórum de Davos, que termina em 23 de janeiro, ocorre num momento em que o medo da ameaça terrorista e a falta de respostas coerentes para a crise de refugiados na Europa se juntam às dificuldades que a economia mundial encontra para voltar a crescer e à forte desaceleração das economias emergentes.

Apesar de ter passado quase meio século desde que começou, a atração do Fórum de Davos não diminui, pelo contrário parece reforçar-se, sobretudo tendo em conta a lista de participantes, entre os quais estão mais de 40 chefes de Estado e de Governo de todas as regiões do mundo.

Várias edições do Fórum Econômico proporcionaram encontros e diálogos inesperados, que, em determinadas ocasiões, contribuíram para baixar tensões entre países ou encaminhá-los para aproximações posteriores.

Assim, este ano, especula-se sobre eventuais encontros para ajudar a frear crises como as atuais, entre a Turquia e a Rússia ou a do Irã com a maioria dos países do golfo Pérsico, depois da execução na Arábia Saudita de um líder religioso xiita.

A localidade suíça de Davos, apreciada pelos esquiadores pelas ótimas infraestruturas, recebe anualmente delegações oficiais de alto nível de 80 países, além de entre 2 mil e 3 mil empresários executivos e líderes da sociedade civil, de confissões religiosas, da juventude e da arte.

A concentração de personalidades obriga os organizadores e o governo suíço a tomar medidas de segurança excepcionais, mas este ano estima-se que assumam dimensões nunca vistas até agora porque um encontro desse tipo é visto como um objetivo para os terroristas.

Um porta-voz da organização garantiu que não há motivo para preocupação, porque a segurança será "muito boa".

Fundado em 1971, o Fórum de Davos apresenta-se como um “laboratório de ideias” para debater grandes temas relevantes para o mundo a curto e médio prazo.

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