Economia

41% das indústrias do Rio querem elevar produção em 2015

O movimento sucede uma queda nas vendas e na produção em quase metade das indústrias do estado no quarto trimestre de 2014 em relação a 2013


	Indústria: o movimento sucede uma queda nas vendas e na produção em quase metade das indústrias do estado no quarto trimestre de 2014 em relação a 2013
 (4BlueEyes Pete Williamson/Creative Commons)

Indústria: o movimento sucede uma queda nas vendas e na produção em quase metade das indústrias do estado no quarto trimestre de 2014 em relação a 2013 (4BlueEyes Pete Williamson/Creative Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2014 às 10h22.

Apesar de seis a cada dez empresários da indústria fluminense se declararem pessimistas em relação à economia no ano que vem, 41% das companhias do setor planejam aumentar a produção em 2015, revelou esta semana a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que divulgou o levantamento "Nível de Atividade e Expectativas da Indústria Fluminense".

O movimento sucede uma queda nas vendas e na produção em quase metade das indústrias do Estado no quarto trimestre de 2014 em relação a igual período do ano passado.

Os investimentos devem ser o principal vetor de elevação da produção. Segundo a Firjan, 41,1% dos empresários pretendem elevar investimentos, e outros 44,9% declararam que o plano é manter o volume de desembolsos na passagem de 2014 para 2015.

Entre os fatores que influenciam a decisão de investimentos, foram citados principalmente a carga tributária (50%), o crescimento econômico (42%), a inflação (28%) e a taxa de juros (23%). Os entrevistados podiam assinalar mais de uma resposta.

Em termos de mão de obra, contudo, o quadro é menos favorável. Do total de empresas industriais, 28% pretende aumentar o contingente de trabalhadores, enquanto 18,3% pretendem cortar vagas.

A maioria (53,6%) planeja manter o quadro de funcionários no nível atual. "O aumento do quadro de pessoal perde espaço como motor de crescimento, devido à rigidez do mercado de trabalho e aos elevados custos de contratação e demissão", detalhou a entidade, em nota.

Na visão dos empresários ouvidos pela Firjan, deveriam ser focos de ação do novo governo a redução da carga tributária (61%), o combate à corrupção (47%) e o controle da inflação (45%). Entre outros entraves, foram apontadas ainda a necessidade de simplificação da legislação tributária, a redução de custos de contratação e demissão e a solução de gargalos no transporte rodoviário e no setor de energia.

Em relação a 2014, a pesquisa mostrou que o quarto trimestre terminou com recuo das vendas em praticamente metade das empresas pesquisadas (48,2%) na comparação com igual período do ano passado.

Com isso, 48,7% diminuíram a produção no período, e somente 15% das empresas expandiram seu quadro de funcionários ao longo de 2014. "Ainda que 45,7% dos entrevistados apontem estabilidade no quadro de funcionários, quatro de cada dez empresas trabalham com menos funcionários hoje do que há um ano", destacou a Firjan.

Para a pesquisa, a Firjan entrevistou representantes de 487 indústrias do Rio de Janeiro, que empregam 59.849 trabalhadores (cerca de 15% da mão de obra industrial do Estado). O estudo faz parte do planejamento da Federação.

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