São Paulo - Há cerca de um ano, o presidente chinês Xi Jinping lançou uma campanha para promover a austeridade e combater excessos entre os oficiais do Partido Comunista. Parecia pura retórica, mas medidas foram tomadas e os sinais econômicos já deixam claro: a ofensiva é para valer. E os custos também. De acordo com um estudo do Bank of America Merril Lynch, o impacto da campanha no PIB pode ser de US$ 100 bilhões só este ano. Um preço nada desprezível a se pagar para uma economia em desaceleração, mas talvez inevitável para manter a legitimidade do regime.
Barbatanas de tubarão são consideradas iguarias de luxo na China. Em 2013, a exportação do produto de Hong Kong para o território chinês caiu nada menos do que 90%. Além da luta contra a extravagância, tudo indica que a pressão de grupos ambientais também está surtindo efeito. De uma forma ou de outra, uma boa notícia para a espécie - que está ameaçada de extinção.
O gasto dos ricos chineses com presentes caiu 25% no ano passado, de acordo com a consultoria Hurun. Marcas como Prada, Gucci e LVMH registraram um crescimento modesto nas vendas, após anos e anos de expansão na casa dos dois dígitos.
A quinta edição do festival de iates Hainan Rendez-Vous foi realizada no final de março e contou com apenas 72 marcas, uma queda brusca em relação às 139 presentes em 2013, de acordo com o Wall Street Journal.
A indústria de serviços de buffet cresceu 9% no ano passado, de acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua. Parece um bom número - mas foi o pior resultado dos últimos 21 anos. O setor de restaurantes luxuosos teve até queda de receita.
O CEO da Bradesco Asset e ex-secretário do Tesouro Nacional afirma que a combinação de um arcabouço fiscal permissivo, ciclo eleitoral e medidas expansionistas pode ampliar riscos da trajetória da dívida pública
Enquanto governo quer isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5.000, presidente da CNF defende que os mais pobres paguem uma alíquota baixa, de R$ 10, para demonstrar que toda a sociedade financia o Estado brasileiro
OPINIÃO | A análise da mudança da estrutura etária brasileira indica que a economia brasileira, progressivamente, passará a contar cada vez mais com a produção e o consumo da população de 50 anos e mais de idade