(Amanda Perobelli/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de agosto de 2021 às 15h40.
Última atualização em 30 de agosto de 2021 às 16h35.
Em julho, 37% dos bares e restaurantes operaram no prejuízo. Outros 34% trabalharam no equilíbrio e 29% já tiveram lucro. Os números significam melhora em relação a junho, quando 56% tiveram prejuízo, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). De acordo com o levantamento, apenas 16% das empresas não conseguiram honrar integralmente com o pagamento dos salários em agosto, ante 27% da pesquisa de julho.
Pouco mais da metade dos estabelecimentos (54%) têm pagamentos em atraso. Nesse indicador, também houve melhora em relação a julho, quando as empresas nessa situação representavam 64% do todo. Sabe-se que 79% das empresas do setor têm algum empréstimo contratado. Destas, 37% possuem pelo menos uma parcela em atraso.
Em relação aos impostos, 86% das empresas pesquisadas estão inseridas no Simples Nacional. Destas, mais da metade deve o tributo. Dos devedores, 81% convivem com o receio de sair do regime diferenciado em razão das pendências.
Dentre os donos de bares pesquisados, 84% creem que o preço de insumos vai aumentar até o fim do ano. Além disso, 43% têm a percepção de que o custo dos insumos aumentou mais de 20% no primeiro semestre, mesmo que o IPCA tenha fechado em alta de 3 77%. Outros 40% dizem que o custo aumentou entre 10% e 20%.
Devido à alta de preços, 65% dos estabelecimentos aumentaram preço do cardápio no primeiro semestre de 2021; 44% dos bares e restaurantes reajustaram suas tabelas entre 5% e 10%. Outros 20% aumentaram entre 10% e 15%. Apenas 4% reajustaram os preços em mais de 20%.