Economia

2013 não será nada brilhante para a economia, diz Santander

Banco espera crescimento melhor neste ano, mas sem números muito expressivos


	Santander vê melhora econômica em 2013, mas nada muito "brilhante"
 (Antonio Milena/EXAME)

Santander vê melhora econômica em 2013, mas nada muito "brilhante" (Antonio Milena/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 12h24.

São Paulo – O ano de 2012 marcou um crescimento decepcionante para economia brasileira, segundo análise elaborada pela equipe do Santander. Em nota técnica sobre o cenário econômico de 2013, o banco faz uma retrospectiva do ano que passou e aponta que a economia mundial mais fraca, a desaceleração no mercado de crédito, o maior endividamento das famílias e a falta de resposta dos investimentos aos estímulos governamentais foram algumas das razões que afetaram o crescimento em 2012.

Com esses fatores, a expectativa do banco é de um crescimento de 1% no produto interno bruto (PIB) do ano passado, abaixo dos 3,3% projetados pelo mercado no começo de 2012.

“Infelizmente, a maior parte dos fatores que determinaram essa taxa de expansão mais fraca permanecerá no futuro próximo, porém ainda esperamos que alguma aceleração seja observada em 2013”, afirma a equipe de análises do Santander no relatório.

Embora com alguma alta, a economia ainda deve ter crescimento moderado neste ano, avalia o banco em suas projeções. Sobre a atividade econômica, o Santander vê um ano “melhor, mas não brilhante”. Isso porque, na visão dos economistas, as dificuldades no cenário externo ainda devem representar um impeditivo para que os empresários retomem a confiança e as exportações aumentem.

Com a confiança dos empresários ainda em cheque, os investimentos devem sair do atual patamar negativo e apresentar alta de 4,5% em 2013, contribuindo com 1 ponto percentual para o crescimento total. “A alta esperada de 4,5% nos investimentos pode ser vista como boa notícia após a queda de 2,4% estimada para 2012. Mas o desempenho poderia ser melhor”, afirma a equipe do banco no relatório.

Outro ponto que deve impedir um crescimento mais forte em 2013 é o consumo durante o ano, que não deve ter uma alta significativa. “Em primeiro lugar, porque o aumento do salário mínimo será menor, cerca de 9% contra os 14,2% de 2012. Ademais, porque mesmo com a expectativa de aceleração nas concessões de crédito, esse movimento não ocorrerá de forma tão intensa quanto no período 2005-2011”, afirma o banco.

A expectativa é que o consumo das famílias cresça por volta de 4%, com impacto de 2,5 pontos percentuais no crescimento da economia, abaixo dos 5,5 pontos de média nos últimos cinco anos.

Já com um impacto negativo no PIB de 2013, o banco aponta o setor externo, que pode ter um impacto de -1 ponto percentual na economia deste ano. “Com relação às exportações, a demanda global deve continuar deprimida por conta do cenário global arriscado, o que sugere que o desempenho das exportações será fraco durante todo o ano”, afirma o banco.

Acompanhe tudo sobre:Bancoseconomia-brasileiraEmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasIndicadores econômicosPIBPrevisões para 2013Retrospectiva 2012Santander

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs