Economia

2 milhões de famílias devem sair da miséria até 18 de junho

O governo federal define como famílias em situação de extrema pobreza aquelas cuja renda familiar per capita seja inferior a R$ 70

Crianças brincado dentro de um tacho com água.  (Alcides Filho)

Crianças brincado dentro de um tacho com água. (Alcides Filho)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2012 às 20h32.

Brasília – Dados divulgados hoje pelo governo federal indicam que o país está a meio caminho de cumprir a meta de tirar 4 milhões de famílias da miséria. O resultado será atingido dia 18 de junho, quando 2 milhões de famílias situadas abaixo da linha da pobreza e com crianças com até 6 anos começam a receber o chamado Benefício de Superação da Extrema Pobreza (que faz parte do programa Brasil Carinhoso), que assegura pelo menos R$ 70 por pessoa a famílias extremamente pobres com crianças nessa faixa etária.

O valor de R$ 70 é o limite utilizado pelo governo para fixar as metas do Programa Brasil sem Miséria, criado há um ano como a principal política social do governo Dilma Rousseff. A partir desse valor e de dados do Censo Populacional 2010, o IBGE calculou que haja 16 milhões de pessoas em condições de miséria (ou 4 milhões de famílias com uma média de quatro pessoas por domicílio).

“O balanço [do programa Brasil sem Miséria] é excelente. Nós cumprimos todas as nossas metas. Tudo aquilo que foi dito pela presidenta vem sendo cumprido”, disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Restam, no entanto, outras 2 milhões de famílias (não beneficiadas pelo Brasil Carinhoso) que permanecem na miséria. A ministra garante que esse segmento da população irá ultrapassar a linha de pobreza até 2014.


“Nós temos um conjunto de ações para quem quer ter uma inserção melhor, melhorar seu emprego, melhorar seu negócio”, disse a ministra, ao lembrar de iniciativas de qualificação profissional e fomento à atividade no campo. “A pobreza não é só uma questão de renda”, acrescentou, ao ponderar que é preciso ações para “inserir as pessoas no mercado [de trabalho]”.

A localização das pessoas que necessitam de mais benefícios e a inscrição em programas sociais, mas ainda não estão registradas no Cadastro Único do Programa Bolsa Família (hoje com 13,5 milhões de famílias identificadas), está sendo feita pelo governo federal, em parceria com as prefeituras municipais em estratégias de busca ativa (nas residências das pessoas, por exemplo). Até o final do ano, Tereza Campello acredita que mais 113 mil famílias em extrema pobreza (e que ainda não são assistidas pelo programa Bolsa Família) serão localizadas. Atualmente, 687 mil famílias extremamente pobres recebem benefícios do Programa Bolsa Família.

Conforme a ministra, o governo não sabe quantas famílias ainda precisam ser localizadas pela busca ativa, mas parte dessa população, admite, “já poderia ter o benefício há meses e até anos”, disse se referindo às dificuldades do Estado atender e fazer o registro de pessoas em grandes bolsões de pobreza. Os dados do governo indicam que três de quatro pessoas localizadas pela busca ativa estão em grandes centros urbanos.

O governo federal define como famílias em situação de extrema pobreza aquelas cuja renda familiar per capita seja inferior a R$ 70.

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