Economia

1º semestre do ano tem melhor resultado para empregos desde 2014

Segundo o Caged, o Brasil abriu 9.821 vagas de emprego formal em junho; foi o primeiro resultado positivo para o mês desde 2014

Empregos: o resultado decorre de 1.181.930 admissões e 1.172.109 demissões (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Empregos: o resultado decorre de 1.181.930 admissões e 1.172.109 demissões (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

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Reuters

Publicado em 17 de julho de 2017 às 15h37.

Última atualização em 17 de julho de 2017 às 15h45.

Brasília - O Brasil abriu 9.821 vagas formais de emprego em junho, terceiro dado mensal positivo consecutivo, mas bem abaixo do esperado e puxado quase exclusivamente pela atividade agropecuária, em meio ao mercado de trabalho ainda mostrando fraqueza após dois anos de recessão.

Em pesquisa Reuters junto a analistas, a expectativa era de abertura de 36 mil postos no mês passado.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira, dos oito setores analisados no mês, apenas dois apresentaram criação de vagas.

O destaque ficou para a agropecuária, com abertura líquida de 36.827 postos, repetindo o bom movimento visto em maio. Segundo o ministério do Trabalho, o cultivo do café foi o carro-chefe do crescimento, com mais de 10 mil postos criados.

Na administração pública, houve a abertura de 704 vagas em junho.

Já do lado negativo, as maiores perdas ficaram com construção civil (-8.963 vagas), indústria da transformação (-7.887) e serviços (-7.273).

"É muito importante reconhecermos que o Brasil passou por uma recessão que foi uma das mais profundas da sua história", afirmou a jornalistas o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

O Caged mostrou ainda que, no primeiro semestre do ano, houve ganho líquido de 67.358 vagas, melhor para o período desde 2014. Entre janeiro e junho de 2016, o país havia registrado perda líquida de 531.765 vagas, sem ajustes.

Apesar de a taxa de desemprego estar recuando, ela ainda continuava em patamares bastante elevados, acima de 13 por cento, com quase 14 milhões de pessoas sem uma atividade, segundo leitura mais recente feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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