Economia

1º aumento dos juros não deve surpreender mercados, diz Fed

O presidente Dudley acredita "ser ingênuo pensar que (o aumento dos juros) não terá qualquer impacto", especialmente nas economias emergentes


	A sede da Federal Reserve: em sua última reunião no final de a abril, o FOMC decidiu manter as taxas de juros próximas de zero e deixou em aberto seu calendário de um eventual aumento
 (Karen Bleier/AFP)

A sede da Federal Reserve: em sua última reunião no final de a abril, o FOMC decidiu manter as taxas de juros próximas de zero e deixou em aberto seu calendário de um eventual aumento (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2015 às 16h14.

Washington - O presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, disse nesta terça-feira que a primeira elevação das taxas de juros nos Estados Unidos não deverá surpreender os mercados. Ele descartou, contudo, qualquer coordenação entre os bancos centrais.

"O aumento das taxas de juros não deve ser uma grande surpresa quando finalmente acontecer, o que deve atenuar as turbulências", afirmou o responsável da filial nova-iorquina do banco central americano em um discurso em Zurique.

Dudley acrescentou que "seria ingênuo pensar que (o aumento dos juros) não terá qualquer impacto", especialmente nas economias emergentes.

"Como os outros bancos, o que determina nossa política monetária é o mercado interno. No entanto, nossas ações em matéria monetária têm implicações mundiais que depois têm impacto na economia americana e nos mercados financeiros. Não podemos nos esquecer disso", avaliou.

Dudley, que é membro com voto permanente do Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC), reconheceu que o efeito no exterior das mudanças de políticas do Fed "gerou pedidos de coordenação da política monetária em nível internacional".

Ele disse, contudo, que uma coordenação explícita não é imaginável nem desejável.

Em sua última reunião no final de a abril, o FOMC decidiu manter as taxas de juros próximas de zero e deixou em aberto seu calendário de um eventual aumento, ao reafirmar sua confiança em um crescimento moderado da economia americana apesar dos efeitos negativos causados pelo inverno rigoroso.

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