Economia

13º vai injetar R$ 131 bilhões na economia, prevê Dieese

Estimativa é 10,5% maior que a projeção da entidade para 2011, que tinha sido de R$ 118 bilhões


	Salário: número de beneficiados também subiu este ano na comparação com 2011
 (Arquivo/Você SA/EXAME.com)

Salário: número de beneficiados também subiu este ano na comparação com 2011 (Arquivo/Você SA/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 12h00.

São Paulo - O pagamento do décimo terceiro salário vai injetar R$ 131 bilhões na economia brasileira até dezembro, o que corresponde a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A estimativa é 10,5% maior que a projeção da entidade para 2011, que tinha sido de R$ 118 bilhões.

O número de beneficiados também subiu (2,5%) este ano na comparação com 2011. No final de 2012, serão beneficiados cerca de 80 milhões de brasileiros no País, dos quais 49,3 milhões trabalhadores do mercado formal e 30,6 milhões aposentados e pensionistas. Entre os trabalhadores formais, 1,9 milhão são empregados domésticos.

Os trabalhadores formais são responsáveis por quase R$ 93 bilhões do total a ser pago, enquanto aposentados e pensionistas responderão por R$ 37,8 bilhões. Dentro do último grupo serão pagos R$ 26 bilhões aos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), R$ 6,4 bilhões aos aposentados e pensionistas da União e R$ 5,3 bilhões aos aposentados e pensionistas dos Estados.

Em sua previsão, o Dieese considera dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Além disso, foram utilizadas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011, do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN). A instituição não leva em conta os autônomos e assalariados sem carteira.

São Paulo

A economia paulista deve receber R$ 39,4 bilhões referente ao 13.º até o fim do ano, o que corresponde a 30% do volume nacional e 58,7% da Região Sudeste. O total responde por 2,7% do PIB estadual e beneficia 21 milhões de pessoas, ou 26,3% do total de beneficiados no País. Empregados do mercado formal representam 68,3% do total e 31,7% são pensionistas e aposentados.


No Estado de São Paulo, empregados formalizados ficarão com R$ 30,8 bilhões, ou 78,2%, do 13º paulista e aposentados e pensionistas receberão R$ 8,5 bilhões. O valor médio do pagamento chega a R$ 1.805.

Mais da metade (51,1%) do total de 13º salário está na Região Sudeste. Na sequência vêm as regiões Sul (15,5%), Nordeste (15,3%), Centro-Oeste (8,5%) e Norte (4,6%). O maior valor médio para o 13º - considerando todas as categorias - é o de Brasília, R$ 3.171. Os menores estão nos Estados do Maranhão, R$ 1.030, e Piauí, R$ 1.010. As médias excluem os aposentados pelo regime estadual, que não puderam ser quantificados.

Setores

O setor de serviços, que inclui administração pública, é responsável pela maior parcela (60,2%) do total de 13º a ser pago para trabalhadores formais. Empregados da indústria receberão 20,3%, seguidos por comerciários (12,5%), empregados da construção civil (5,0%) e trabalhadores da agropecuária (1,9%).

A maior média de valor de 13º também é do setor de serviços (R$ 2.199). O setor industrial tem o segundo maior valor (R$ 2.077), enquanto a menor média de 13º salário foi verificada entre trabalhadores do setor primário (R$ 1.078). A média geral do benefício é de R$ 1.926.

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