Economia

13º deve injetar R$ 143 bilhões na economia, prevê Dieese

A estimativa é de que 82,3 milhões de brasileiros sejam beneficiados com um rendimento médio adicional de R$ 1.740


	Dinheiro: a maior parcela (60,1%) é distribuída aos empregados no setor de serviços, que inclui a administração pública
 (Marcos Santos/usp imagens)

Dinheiro: a maior parcela (60,1%) é distribuída aos empregados no setor de serviços, que inclui a administração pública (Marcos Santos/usp imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2013 às 13h17.

São Paulo - Até dezembro, serão injetados na economia R$ 143 bilhões com o pagamento aos trabalhadores do 13º salário. O total representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB). A estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é de que 82,3 milhões de brasileiros sejam beneficiados com um rendimento médio adicional de R$ 1.740.

A projeção é feita considerando o volume total de reais que entra na economia ao longo do ano pelo pagamento do 13º, levando em conta que cerca de 70% do total da gratificação é pago no final do ano.

Na comparação com 2012, o número de pessoas que receberá o 13º neste ano é 2,9% superior. Mais de 2 milhões de pessoas passarão a receber o benefício por se incorporarem ao mercado de trabalho, terem requerido aposentadoria ou pensão ou ainda formalizado o vínculo de emprego. O valor total previsto pelo Dieese é 9,8% maior que o estimado no ano passado.

A análise do Dieese leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), além de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).

A instituição não considera no levantamento os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho.


Setores

Os 48,8 milhões de trabalhadores formais receberão R$ 99 bilhões até o final do ano, excluídos empregados domésticos. A maior parcela (60,1%) é distribuída aos empregados no setor de serviços, que inclui a administração pública. Na sequência, vêm a indústria (19,8%), comerciários (12,9%), construção civil (5,2%) e agropecuária (2%).

A média do 13º pago ao setor formal é de R$ 2.029. A maior média é do setor de serviços (R$ 2.314). A indústria paga em média R$ 2.151.

Regiões

A maioria dos recursos do 13º (51%) está nos Estados do Sudeste. Na sequência, vêm a região Sul (15,6%), Nordeste (15,4%), Centro-Oeste (8,4%) e Norte (4,7%). Os beneficiários do regime próprio da União respondem por 5% do montante.

No Estado de São Paulo, o ingresso de dinheiro na economia deve somar R$ 42,7 bilhões, quase 30% do total do País e 58,7% do Sudeste. São 21,5 milhões de paulistas beneficiados, 42,7% do total nacional. O Estado tem o terceiro valor médio mais alto entre as regiões (R$ 1.898), atrás só do Distrito Federal e do Amapá.

Brasília é a localidade que paga o maior valor médio de 13º: R$ 3.174. O menor é encontrado nos Estados do Maranhão e no Piauí - média próxima a R$ 1.100. As médias não levam em conta aposentados pelo regime próprio dos Estados.

Acompanhe tudo sobre:13-salárioBenefíciosDieeseeconomia-brasileiraSalários

Mais de Economia

Pix por aproximação estará disponível em carteira digital do Google semana que vem, diz Campos Neto

Com expectativa sobre corte de gastos, Lula se reúne com Haddad e Galípolo

Haddad afirma que não há data para anúncio de corte de gastos e que decisão é de Lula